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Com FGC investidor pode buscar rentabilidade melhor na renda fixa

O Fundo Garantidor de Crédito protege os aplicadores contra perdas, até o limite de R$ 250 mil, caso a instituição financeira quebre

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No mercado de renda fixa, como o de CDB (Certificado de Depósito Bancário), o investidor avesso ao risco às vezes se sente inseguro em aceitar taxas mais atraentes de papeis emitidos por bancos menores por temor de que não venha a receber de volta o dinheiro aplicado acrescido do  rendimento. Mas, para evitar esse risco, existe o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que deixa o investidor mais seguro na hora de aplicar em títulos como o CDB, um dos que contam com a garantia de cobertura desse fundo.

Ele é um tipo de guarda-chuva que protegerá o investidor se a instituição que emitiu o papel vier a quebrar e não honrar o resgate do dinheiro aplicado. Criado em 1995, o FGC assegura cobertura contra eventuais calotes em aplicações para a grande maioria dos papeis de renda fixa.

FGC cobre algumas aplicações em renda fixa de até R$ 250 mil, por CPF e por banco

O FGC protege o correntista e investidor do mercado de renda fixa, até certo limite de valor. A proteção, com garantia de ressarcimento, é oferecida como seguro para quem aplica em títulos bancários, como CDB, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito Agrícola), em caso de dificuldade financeira ou quebra do banco emissor do título.

A proteção desse fundo se estende também para aplicação em caderneta de poupança, letras de câmbio, letras hipotecárias, letras imobiliárias e recibos de depósito bancário (RDB) e depósitos em conta corrente.

Os recursos que garantem o ressarcimento ao correntista ou ao investidor vêm de contribuições dos próprios bancos. A cobertura é de R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, limitada a R$ 1 milhão. Uma estratégia para quem aplica volume superior a R$ 250 mil é formar outros lotes com até esse valor e distribuir a aplicação por várias instituições financeiras, de forma a assegurar garantia até R$ 1 milhão.

Pelo histórico de quebra de bancos menores que deixava os investidores na mão, taxas de juro mais altas oferecidas por instituições financeiras pequenas e médias sempre geraram certa desconfiança nos investidores. A chegada do FGC mudou esse comportamento.

Mais segurança nas aplicações em bancos menores

O fundo tem sido um dos motes usados pelos bancos de menor porte e financeiras para atrair investidores ainda ressabiados para seus títulos, ofertados com taxas de juro mais atraentes. Principalmente em aplicações digitais, por internet, nas plataformas de investimento.

Como não dispõem de agências físicas para captação de recursos, como ocorre com os grandes bancos de varejo, essas instituições menores oferecem títulos com rentabilidade bastante competitivas. Até para atrair os investidores mais arredios, mesmo com a proteção do FGC.

Para especialistas, a cobertura do fundo é uma segurança que o investidor deve aproveitar para ir atrás de títulos com melhor rentabilidade, nestes tempos de juros baixos, independentemente do tamanho do banco ou da instituição financeira que emitiu o título.

Última modificação em 26/07/2022 16:24

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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Tags: FGC