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Covid-19: saiba o que muda em São Paulo com o colapso em Manaus

A crise no sistema de saúde e a falta de cilindros de oxigênio para tratar pacientes diagnosticados com a Covid-19 em Manaus, já mobilizou diversos setores da economia.

A crise no sistema de saúde e a falta de cilindros de oxigênio para tratar pacientes diagnosticados com a Covid-19 em Manaus, já mobilizou diversos setores da economia. O colapso foi anunciado nesta última quarta-feira e deve mudar o rumo de restrições de diversos estados brasileiros, entre eles, São Paulo. 

Nesta sexta-feira (15), o governador do Estado, João Dória, afirmou em entrevista coletiva que a crise é reflexo da "irresponsabilidade do governo Bolsonaro" e disse estar chocado com a situação, que definiu como "fim do mundo". Além disso, Dória disse que o estado irá acolher 60 bebês que serão transferidos para a capital paulista diretamente do Amazonas.

O Estado de São Paulo registrou 49.289 óbitos e 1.590.829 casos confirmados da Covid-19 na última quarta-feira, segundo informações divulgadas pela página oficial do governo estadual. Com a sobrecarga do sistema de saúde de Manaus, que virou assunto na mídia internacional, mudanças vão acontecer para os paulistas.

O que muda em São Paulo em relação à Covid-19?

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira a alteração no plano de flexibilização econômica na cidade de São Paulo. Oito cidades do Estado regrediram para fases mais restritivas, entre elas a região de Marília, única que passa da fase laranja para a vermelha, em que somente serviços essenciais podem operar.

As cidades de Ribeirão Preto, Piracicaba, Taubaté, São José do Rio Preto, Franca, São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru, regrediram para a fase laranja, em que não operam bares e os demais serviços funcionam com restrições de horários e capacidade.

Já Sorocaba e Presidente Prudente foram as únicas cidades que permaneceram na fase laranja. As demais regiões, incluindo a Grande São Paulo, seguem na fase amarela.

O que Bolsonaro disse sobre Manaus?

Mesmo em meio a repercussão negativa da crise sanitária na capital amazonense, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta sexta-feira (15) que o governo federal "fez a sua parte" para ajudar com recursos financeiros e administrativos devido à pandemia da Covid-19.

Em contrapartida, o Ministério Público e a Defensoria dizem que a responsabilidade pela crise no Amazonas é do governo federal. Eduardo Pazuello, atual ministro da Saúde, reconheceu o colapso na saúde de Manaus e disse que a fila por um leito é de quase 500 pacientes.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC),  decretou toque de recolher por dez dias. A população da capital não poderá sair de casa entre as 6h e 19h do horário de Brasília.

 

Como ajudar o Amazonas?

O projeto social BorAjudar (@borajudar) criou a campanha online SOS AM, com o objetivo de arrecadar itens hospitalares essenciais para pacientes e profissionais de saúde no estado do Amazonas. As doações, aceitas em qualquer valor, estão sendo feitas por meio do PIX. Clique aqui para mais informações sobre como ajudar a campanha, ou acesse a página Instagram do projeto (@borajudar).

A meta inicial da campanha era de r$ 30. 000,00. Ontem (14), as entidades anunciaram que já arrecadaram r$ 340. 617,80 (foto: reprodução @borajudar)

Última modificação em 27/07/2022 16:54

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