A taxa Selic é definida pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom). A base de juros divulgada hoje vale até o final de outubro deste ano.
A taxa Selic é mantida em 2,00% ao ano. A alíquota foi divulgada pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom), nesta quarta-feira, 16 de setembro, no portal do Banco Central (BC).
Dessa forma, o ciclo de cortes na Selic, que vinha ocorrendo desde o início de 2020, foi interrompido. Além disso, a permanência da alíquota já era esperada pelo mercado financeiro.
Uma pesquisa realizada pelo jornal Valor Econômico demonstrava que 98,7% das instituições financeiras e consultorias questionadas, esperavam a manutenção da taxa Selic em 2,00%. Ao todo, entraram na pesquisa 79 instituições e apenas uma calculava um corte de 0,25 ponto percentual, deixando a Selic em 1,85% ao ano, aproximadamente.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é a base de juros para empréstimos, investimentos e até interfere diretamente no consumo da população, já que influencia no valor dos produtos. A saber, a sigla Selic é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
Além disso, a taxa Selic auxilia no controle da inflação. Sendo assim, o Copom é o órgão, do Banco Central, responsável por alterar a taxa básica de juros periodicamente.
Devido a crise econômica, a expectativa é que a Selic suba somente em 2021, ficando em torno de 2,5% ao ano. Contudo, a meta é de 3,75%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, a taxa Selic deve variar entre 2,25% e 5,25%, ao longo do ano.
A taxa Selic tem sofrido quedas ao longo deste ano. Abaixo, estão dispostos o período de vigência e respectivas taxas de 2020:
Sendo assim, a Selic foi mantida e interrompeu o ciclo de quedas desde o início de 2020. É a primeira vez que a taxa básica de juros não sofre alteração, após nove cortes consecutivos.
Em suma, para conferir o histórico da taxa Selic, desde 1996, clique aqui.
A redução dos juros básicos resulta na diminuição dos custos de crédito. Sendo assim, a economia ganha o estímulo de produção e consumo.
Contudo, quando a taxa Selic aumenta, por decisão do Copom, os juros de negociação de operações financeiras ficam mais altos, encarecendo os produtos e, assim estimula a poupança. Entretanto, aumentar a Selic é uma medida de conter a demanda aquecida e, consequentemente, a inflação.
As reuniões do Copom para manutenção da taxa Selic, bem como da inflação, são realizadas em intervalos de 45 dias. Dessa forma, o Comitê se reúne durante dois dias para discutir as diretrizes da taxa básica de juros.
No primeiro dia de encontro, há apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. Ou seja, os chefes do departamento apresenta, analisa e avalia a conjuntura econômica.
Sendo assim, os assuntos discutidos no primeiro dia de reunião são:
Portanto, no segundo dia de reunião, o Comitê define e divulga a taxa Selic.
Haverá ainda mais duas reuniões do Copom para definir a taxa Selic. Dessa forma, as próximos conselhos serão em:
Reunião do Copom | Divulgação da Ata |
19 e 20 de janeiro | 26 de janeiro |
16 e 17 de março | 23 de março |
4 e 5 de maio | 11 de maio |
15 e 16 de junho | 22 de junho |
3 e 4 de agosto | 10 de agosto |
21 e 22 de setembro | 28 de setembro |
26 e 27 de outubro | 03 de novembro |
7 e 8 de dezembro | 14 de dezembro |
Última modificação em 29/07/2022 09:09
Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso.