Imposto de renda

Reta final para a entrega do IR2021: 10 dicas para evitar a malha fina

Principal motivo que leva o contribuinte a ter sua declaração presa na Receita é não informar algum rendimento

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A Receita Federal já tem muitos de seus dados e poderá cruzá-los com os que você lançar na declaração do Imposto de Renda. Se houver alguma divergência, a declaração fica retida “em malha fina”, para uma conferência mais detalhada. E você poderá até ser avisado pela própria Receita Federal sobre qual é o problema, se na declaração informar seu e-mail ou celular para que entrem em contato.

Ao saber qual foi esse problema, se você concordar que houve erro poderá retificar a declaração. Na declaração retificadora você informará os dados corretos. Tudo é feito pela internet, e um novo número de entrega é gerado. Mas se você tiver certeza dos dados que declarou poderá prestar novos esclarecimentos à Receita Federal. Terá de agendar um atendimento presencial, a partir do próximo ano, em uma de suas unidades.

O principal motivo que leva o contribuinte para a malha fina é deixar de informar algum rendimento recebido em 2020. Ao longo do ano, as empresas enviam informações de pagamentos feitos a seus CPF. O segundo maior risco de ser pego em malha fina é usar deduções do imposto indevidamente. Como despesas com médicos, dentistas, planos de saúde, etc.

Tem contribuinte que lança também depósitos em planos de previdência PGBL sem que na realidade tenha essa aplicação. No cadastro da Receita consta nome e CPF dos investidores em PGBL. Esses, de fato, poderão usar as contribuições para reduzir em até 12% a sua renda bruta.

As dicas para não errar e cair na malha fina

1 – Declare todos os rendimentos tributáveis recebidos em 2020. Os mais comuns são: salário, pró-labore, aposentadoria, aluguel, resgate de plano de previdência e pensão alimentícia.

2 – Quando o contribuinte declara em conjunto, inclua sempre o rendimento recebido pelo marido ou pela esposa.

3 – Inclua sempre o rendimento recebido por dependente que constar em sua declaração.

4 – Sobre seu 13º houve cobrança de imposto na fonte. Mas esse desconto não poderá ser compensado na declaração. Por isso, não some esse imposto ao que foi retido do salário, aposentadoria ou outro ganho. Esse desconto será lançado em espaço próprio.

5 – Não faça a dedução das contribuições a planos de previdência do tipo VGBL. A legislação permite o abatimento de até 12% do rendimento tributável só do PGBL.

6 – Não declare doações a qualquer entidade assistencial. A Receita tem uma lista das entidades autorizadas. Elas são ligadas a projetos sociais vinculados a fundos do Idoso ou ao Estatuto da Criança e Adolescente.

7 - Não deixe de declarar o lucro na venda de imóvel.

8 - Não deixe de declarar os resultados com a compra ou venda de ações, perdas ou ganhos.

9 – Não declare despesas com planos de saúde de dependentes que não foram incluídos na declaração.

10 – Não inclua como dependentes pais que tiveram rendimentos superiores a R$ 22.847,76 em 2020. Eles não podem ser considerados dependentes.

Última modificação em 26/07/2022 06:55

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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