Finanças

Como quitar dívidas: 9 estratégias que funcionam

Planejamento e negociação são necessários para se livrar dos déficits

Dificuldade em quitar dívidas é um problema que atinge muitas famílias brasileiras. Em julho, 67,4% das famílias estavam endividadas, um recorde histórico. Assim como, no mesmo período do ano passado eram 64,1%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

Conversamos com a contadora e mentora financeira Amanda Santos para reunir orientações de como quitar as dívidas. “A gente não fala sobre isso com nossos pais, poucas famílias falam sobre isso com os filhos” diz ela se referindo à educação financeira. 

Em princípio, anote todas as dívidas

Para quitar as dívidas o primeiro passo é anotá-las. Amanda dá a dica: no site Serasa Consumidor é possível visualizar todas essas pendências. Inclusive, nesta plataforma é também está disponível a pontuação score, “que é justamente a sua pontuação no mercado como consumidor” diz. Nesse sentido, o índice vai de 0 à 1000 pontos. 

Negociar é fundamental para conseguir quitar as dívidas

O próximo passo é ligar para as instituições e tentar negociar os déficits. “Não tenha vergonha, muito pelo contrário, você está entrando em contato com a empresa para regularizar essa pendência” afirma a mentora financeira. 

Ademais, nessa negociação é preciso chegar em valores e prazos viáveis. “Um erro que as pessoas cometem é negociar um valor que não vai caber no bolso” conta. Por exemplo, se o consumidor negocia o valor de R$ 300 por parcela, mas não tem condições de pagar essa quantia todo mês, voltará ao endividamento. 

Serasa score

Controle financeiro

Desse modo, para saber o dinheiro disponível por mês para quitar as dívidas é preciso ter uma organização das finanças. “Pega um caderno e coloca lá quanto você ganha de salário, quais são as despesas mensais, qual o valor que você gasta no cartão de crédito” sugere a contadora. 

Corte de gastos para quitar as dívidas

Neste item, Amanda Santos diz que é necessário prezar pelo equilíbrio e sugere a regra “50-30-20”. Assim sendo, 50% do orçamento mensal será usado para pagar despesas essenciais, 30% da renda será destinada ao lazer e 20% para quitar as dívidas. “Se a pessoas consegue fazer essa divisão, ela consegue viver bem, fazer as coisas que ela gosta todos os meses e pagar as dívidas” conclui. 

Conversar com a família

Amanda diz que é sempre importante conversar com a família sobre as dívidas, principalmente se ela for  impactar no valor da ajuda mensal em casa ou se for necessário sair menos para cortar gastos por exemplo. 

Qual dívida priorizar?

“Sem sombra de dúvidas eu colocaria a dívida que te cobra os maiores juros” afirma a contadora se referindo sobre qual dívida priorizar. Ela explica que no país à o regime de juros compostos, que são “os juros sobre juros”. 

Contudo, há exceções. Conforme exemplo, se a pessoa tem três dívidas, liga para as três empresas referentes e em uma delas consegue um acordo muito vantajoso, pode optar por quitar essa dívida primeiro, mesmo se não for a com maior juros. Como no caso de ter um déficit de R$ 1000 e negociar a quitação com apenas R$ 200. 

Feirões de Limpa Nome

“É sempre muito interessante tentar aproveitar essas oportunidades de feirões” diz Amanda. Notando-se redução de mais de 50% das dívidas em variados casos. 

Além disso, no site do Serasa é possível visualizar a proposta da instituição para a quitação da dívida, ou seja o desconto oferecido. Então, ao entrar em contato com a empresa o cidadão já pode informar esse dado. 

Portabilidade de crédito

O ato de mudar a dívida de um banco para outro é denominado de portabilidade de crédito. Em caso de a migração diminuir o valor da dívida, é uma boa opção. E pode ser útil também no momento de negociação; ao informar o interesse de realizar a portabilidade, a instituição originária da dívida pode oferecer juros menores, por exemplo. 

Planejamento financeiro (freepik)

Depois de quitar as dívidas, providencie uma reserva de emergência

Ter uma reserva de emergência é essencial para lidar com imprevistos como: perder emprego ou quebrar o carro. 

Amanda Santos diz que o mínimo da reversa deve ser a quantia referente a seis meses de despesas. Então, se a pessoa gasta com despesas mensais o valor de R$ 2000, sua reserva de emergência  precisa ter o total de R$ 12.000.

Última modificação em 29/07/2022 11:23

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