Ibovespa fecha em queda com avanço da pandemia na Ásia

Incertezas com a região crescem à medida que uma nova onda de infecções pela Covid-19 chega ao continente

Depois de um começo de semana prometendo noticiário agitado e com possíveis ganhos com divulgação de balanços, esta sexta-feira encerra o pregão do Ibovespa com investidores preocupados com as próximas semanas. Afinal, crescem as incertezas com o mercado asiático, enquanto a região começa a viver uma nova onda de infecções pelo novo coronavírus. Assim, cotações de commodities caem, com o petróleo tendo uma queda de mais de 2%.

No Ibovespa, investidores sentiram a movimentação do mercado global. Ao final do pregão, o índice registrava queda de 0,98%, aos 118.893 pontos, com volume financeiro negociado em R$ 41,48 bilhões. Com isso, a semana do Ibovespa fechou no vermelho, com recuo de 1,36%. Mas a queda da semana não afetou o mês de abril, que subiu 1,75%.

No Japão, também há cautela para as próximas semanas na Ásia. O país passou das 10 mil mortes e começa a enfrentar a quarta onda de infecções. Enquanto isso, a Bolsa de Tóquio ficará sem operar até 5 de maio por conta do feriado da Semana Dourada.  No entanto, especialistas esperam recuos no retorno das atividades.

Também pesa no mercado e nos números do Ibovespa os dados divulgados no fim do pregão asiático desta sexta que mostram que o índice de gerentes de compras (PMI, em inglês) da indústria chinesa caiu de 51,9 em março para 51,1 em abril. Ficou acima dos 50 pontos da manufatura, mas ainda assim um recuo maior do que o previsto de 51,6.

Por fim, nos EUA, investidores passaram o dia de olho na correção na alta da véspera após alta de Apple e Facebook.

Ibovespa hoje, 30 de abril de 2021

Para completar o cenário negativo do Ibovespa, há também tensões no mercado doméstico, começando pelos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua. Números indicam que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro de 2021 foi de 14,4%. Ficou pouco abaixo da média das projeções, que apontava para um desemprego em 14,5% no período, segundo a Refinitiv. Mas o número de desempregados no Brasil, de 14,4 milhões no período, é o maior contingente desde 2012, início da série histórica da Pnad Contínua.

Também pesa no mercado a marca de 400 mil mortes por Covid no Brasil. Ainda no sábado, abril já tinha se tornado o mês com mais mortes pela doença no Brasil.

O mercado ainda passou o dia digerindo o leilão de concessão da Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou às pressas um projeto de lei para  impedir o leilão, mas o governo do estado e o Planalto mantiveram o certame.

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