Saúde

Antes do Covid-19: veja pandemias que marcaram a história

O coronavírus não foi a primeira doença a se disseminar pelo mundo. Confira algumas das principais pandemias que foram vivenciadas.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pandemia é a disseminação mundial de uma doença. Em 2020, a patogênese causada pelo novo coronavírus foi considerada uma pandemia. Com o primeiro caso registrado em janeiro desse ano, a COVID-19 tem um índice de contágio muito elevado e uma taxa de mortalidade de 2%, podendo chegar a 15% em idosos.

Contudo, essa não é a primeira pandemia na história, nos séculos passados, o ser humano já vivenciou outras duras realidades.

Pandemias história

A maior parte da geração atual, muito provavelmente, não conviveu com outro momento de pandemia dessa intensidade. Mas elas já acarretaram milhões de mortes ao longo dos anos. Confira quais foram algumas das principais pandemias da história.

Peste de Justiniano

Imagem: wikipedia commons

Uma das primeiras pandemias que a história tem registro. Surgiu em 541 D.C no Egito e era transmitida por meio de ratos e pulgas. Provocada pela peste bubônica, estima-se que essa enfermidade tenha durado 200 anos. Um estudo realizado pelo periódico PlosOne revelou que é impossível saber ao certo quais forma os danos causados pela peste e que elas variavam dependendo da região. Contudo, acredita-se em mais de 100 mil mortes no antigo Império Bizantino.

Peste bubônica

Foto: wikimedia commons

A doença é considerada a causadora da Peste Negra, que devastou o continente europeu, no século 14. Estima-se que essa pandemia matou mais de 100 milhões de pessoas no mundo. Os sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço. Era disseminada pelo contato com pulgas e ratos infectados. Um dos agravantes dessa doença eram as más condições de higiene da época.

Gripe espanhola - Pandemias na história

Foto: divulgação

A gripe espanhola surgiu no ano de 1918. Seu vírus era uma variação da Influenza, que é comumente associado à gripes comuns. Estima-se que a gripe espanhola tenha infectado cerca de um quarto da população mundial. Não se sabe ao cerco o número de mortes, mas os pesquisadores estimam que foi entre 20 e 50 milhões. 35 mil pessoas morreram no Brasil, incluindo o presidente Rodrigues Alves. Os sintomas da gripe espanhola eram parecidos com os do coronavírus e não havia cura.

Uma curiosidade sobre essa doença é que, apesar do nome, ela não surgiu na Espanha. Mas leva essa nomenclatura, pois o país europeu era quem divulgava as notícias da pandemia.

Tuberculose

Foto: divulgação

Acredita-se que a tuberculose tenha matado cerca de 1 bilhão de pessoas, desde seu surgimento. O surto maior ocorreu entre 1850 e 1950. Essa doneça ficou conhecido como o “mal do século” pelos poetas românticos brasileiros na época, pois foi letal para muitos jovens. A tuberculose é causada pelo bacilo de Koch e ataca principalmente o sistema respiratório. Hoje, a doença tem tratamento, mas ainda é preocupante em regiões mais pobres.

Varíola

A varíola atingiu os seres humanos por milênios, matando cerca de 300 milhões de pessoas. Mas foi erradicada em 1980, com uma vacinação em massa.

A doença era transmitida por meio das vias respiratórias e o principal sintoma eram erupções avermelhadas na pele.

Cólera - Pandemias na história

A cólera ainda não foi erradicada, embora hoje existam tratamentos eficazes. Essa doença já matou milhões de pessoas no mundo. Seu contágio é por meio de alimentos e água contaminados. Os sintomas mais comuns são diarreia, vômitos e febre. Existe uma vacina, mas ela não é 100% eficaz.

Gripe de Hong Kong

Foto: getty images

Estima-se que chegou a matar 3 milhões de pessoas entre 1968 e 1969. A gripe de Hong Kong avançava rápido junto às novidades tecnológicas, como as naves espaciais. A doença era uma variação do vírus H3N2 e tinha como sintomas febre alta, fadiga e dor nas articulações. Embora seja pouco lembrado o vírus da gripe de Hong Kong foi gravemente letal.

Última modificação em 29/07/2022 11:31

Luisa Eller

Jornalismo na PUC-SP, produtora de conteúdo e especialista em análise de SEO.

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