Vacinas contra COVID-19 são seguras?; Cinco motivos provam que sim

O Brasil está cada vez mais próximo de iniciar a vacinação contra o cornavírus. Confira cinco motivos para acreditar que vacinas contra a COVID-19 são seguras

Em quase um ano de pandemia de coronavírus, o Brasil ultrapassou a marca dos 200 mil mortos pela doença. Neste cenário, a vacinação contra o vírus se torna cada vez mais esperada e urgente a fim de evitar novos casos e, consequentemente, mais mortes. Dezenas de vacinas contra a COVID-19 estão sendo desenvolvidas em todo o mundo, sendo que pelo menos oito delas já passaram pela fase três de testes, a última antes da autorização pelas autoridades de saúde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Ainda sim, muitos ainda desconfiam se as vacinas contra COVID-19 são securas.

 

Até janeiro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, recebeu solicitações de uso emergencial de dois imunizantes: A Coronavac, do Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e a vacina de Oxford-AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz. Ainda sim, especialistas acreditam que é provável que o Brasil agregue novas opções para garantir que o máximo de pessoas sejam vacinadas o mais rápido possível

 

Confira cinco motivos para acreditar que vacinas contra COVID-19 são seguras:

 

O desenvolvimento rápido de vacinas não significa ineficácia

 

Um dos argumentos mais populares entre pessoas que não acreditam na eficácia de imunizantes contra o coronavírus é que o tempo de desenvolvimento da vacina foi muito rápido.  No entanto, especialistas explicam que quem acredita neste discurso desconhece os esforços mundiais pelo combate contra a doença.

 

“Nunca a humanidade lidou com uma pandemia desse porte, então, o combate se tornou nossa maior prioridade coletiva. Diversos laboratórios e centros de pesquisa em todo o mundo concentraram seus esforços para o desenvolvimento de imunizantes contra o Sars-CoV-2. Isso garantiu sucesso em tempo recorde em comparação à criação de todas as vacinas que já existiram até então”, destaca o imunologista Luiz Vicente Rizzo

 

Efeitos colaterais de vacinas costumam ser leves e rápidos, nunca tão graves quanto a doença

 

Um ponto bastante pressionado por disseminadores de notícias falsas são os supostos efeitos colaterais graves que as vacinas contra a COVID-19 poderiam ter. Entretanto, mais de 15 milhões de pessoas já foram vacinadas em dezenas de países e não há qualquer relato de morte causada por reação alérgica de algum de seus componentes.

Especialistas apontam que em termos estatísticos, o risco de sofrer um efeito adverso na imunização conta o Sars-CoV-2 é infinitamente menor do que o de se contaminar com o vírus e sofrer graves complicações ou até mesmo morrer sem a vacina.

 

Além de seguras, vacinas em teste são eficazes

 

Todas as vacinas que já passaram pela fase 3 de testes em humanos, independente da tecnologia em que foram fabricadas, até o momento, apresentaram eficácia contra o vírus. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o percentual de estudos clínicos contra a doença precisa ser superior a 50% para que ela seja considerada eficaz.

As duas vacinas que estão sendo avaliadas pela Anvisa para uso emergencial apresentam percentuais eficazes. Enquanto a Coronavac demonstrou 50,38% contra a infecção pela doença e 100% contra casos graves que evoluíram para a internação. O imunizante da Oxford-AstraZeneca, por sua vez, demonstrou eficácia de 73% contra a infecção e também 100% contra casos de hospitalização. Todos os estudos sobre eficácia são acompanhados pela comunidade científica.

 

Vacinas contra COVID-19 são seguras e reduzem a chance de desenvolvimento de novas mutações

 

Quanto mais tempo a população leva para se imunizar contra o vírus, maiores são as chances de surgimento de outras mutações da mesma cadeia viral. O comportamento dessas novas variações de vírus é imprevisível e pode trazer ainda mais problemas para a humanidade conforme o vírus se torna mais resistente.

Em aproximadamente um ano de pandemia, ainda não existem drogas comprovadamente eficazes para a cura de pacientes acometidos pela doença, o que torna a vacina a maneira mais segura e eficiente de proteção precoce. Com cada vez mais pessoas imunes ao vírus, sua circulação cai drasticamente.

 

Vacinas contra COVID-19 garantem imunização coletiva

 

Por incrível que pareça, vacinar-se não é uma escolha individual. Sua decisão afeta a saúde coletiva de diversas pessoas direta ou indiretamente, afetando a saúde coletiva. Enquanto ainda não há testes clínicos para o uso de vacinas em crianças e gestantes, imunizar-se é uma boa forma de garantir a segurança de grupos que não poderão ser vacinados em primeiro momento. Enquanto a população não for vacinada, o vírus não sairá de circulação

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