Enquanto algumas pesquisas mostram-se mais promissoras do que outras, há duas vacinas em teste no Brasil. As vacinas em teste no Brasil são a SinoVac Biotech (China) e a da Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido).
Mais de 160 pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19 estão em andamento ao redor do mundo neste exato momento. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). Enquanto algumas pesquisas mostram-se mais promissoras do que outras, há duas vacinas em teste no Brasil.
As vacinas em teste no Brasil são a da SinoVac Biotech (China) e a da Universidade de Oxford/AstraZeneca (Reino Unido).
Ambas encontram-se na chamada fase 3 dos protocolos científicos de pesquisa. Isto significa que as duas pesquisas encontram-se no último estágio de testes antes que uma vacina capaz de neutralizar o vírus Sars-Cov-2 chegue ao grande público.
Entretanto, certamente teremos de esperar mais do que gostaríamos antes de sermos vacinados. Apesar de promissoras, se essas vacinas forem aprovadas, o mais provável é que fiquem disponíveis para imunização em massa da população somente a partir de junho de 2021.
Conhecida como PiCoVac (ou CoronaVac), a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech encontra-se no terceiro estágio de testes.
Assim como a vacina de Oxford, a CoronaVac também conta com voluntários brasileiros para os testes.
O braço brasileiro dos testes clínicos é conduzido pelo Instituto Butantan, que hoje começou a aplicar doses da CoronaVac em 890 voluntários no Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para produzir a CoronaVac, os cientistas da Sinovac Biotech recorreram a uma matriz inativada da cepa CZ02 do próprio coronavírus, o Sars-Cov-2. Por matriz inativada entende-se o vírus morto ou fragmentos dele.
Com isso, a vacina estabelece uma espécie de memória celular capaz de ativar o sistema imunológico de quem é vacinado. Trata-se do mesmo princípio aplicado nas vacinas existentes para conter, por exemplo, doenças como a hepatite, as gripes comuns, a dengue, a raiva e o HPV.
Consequentemente, a expectativa dos cientistas é de que, quando o organismo do paciente entrar em contato com o coronavírus ativo, o corpo já estará preparado para reagir ao invasor.
As vacinas derivadas de uma matriz inativada do vírus que pretendem combater acarretam risco potencialmente baixo. Isto acontece porque ela impede o vírus de se multiplicar no organismo da pessoa imunizada.
Caso a vacina desenvolvida na China seja aprovada no terceiro estágio das pesquisas, a expectativa é de que ela esteja disponível para distribuição em junho do ano que vem.
Cientistas da Universidade de Oxford asseguram que a vacina por eles produzida, desenvolvida em conjunto com o laboratório AstraZeneca, conseguiu induzir resposta imunológica tanto por meio da criação anticorpos quanto pela ativação de células T (as células do sistema imunológico capazes de identificar e destruir células infectadas) em até 56 dias depois da administração da dose.
A reação imunológica foi observada em laboratório durante as duas primeiras etapas de testagem. A terceira fase do estudo já está em andamento. Nesta etapa, a vacina será aplicada em milhares de voluntários para determinar se ela é realmente eficaz.
Considerada pela OMS entre as mais eficazes no combate ao novo coronavírus, a chamada vacina de Oxford está sendo testada em 50 mil voluntários ao redor do mundo.
No Brasil, os testes são conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A vacina de Oxford baseia-se em uma tecnologia conhecida como vetor viral recombinante. Ela é feita a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus, um organismo que causa resfriado em chimpanzés, mas não afeta o organismo humano.
Ao adenovírus, os cientistas adicionam material genético usado na produção da proteína do Sars-Cov-2 responsável pela invasão das células humanas. A intenção é induzir a produção de anticorpos.
Como resultado, as células das pessoas vacinadas produzem a chamada proteína S, ajudando o sistema imunológico a identificar Sars-Cov-2.
A vacina vem sendo considerada segura até momento. As reações verificadas nos voluntários são um pouco de inchaço ao redor do local da injeção, febre e dores musculares. Apesar de desagradáveis, esses sintomas são esperados em vacinas virais. Até agora, nenhum efeito adverso grave foi identificado nos testes preliminares.
Da mesma forma que a CoronaVac, caso a vacina de Oxford seja aprovada no terceiro estágio das pesquisas, a expectativa é de que ela esteja disponível para distribuição em junho de 2021.
Última modificação em 29/07/2022 11:44
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