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Como proteger dados online contra grandes vazamentos

Cada vez maiores e frequentes, a invasão de hackers para obter dados pessoais assusta e por isso consumidores devem adotar medidas de segurança

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Apesar da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o brasileiro  enfrenta dificuldades para deixar informações pessoais no ambiente digital. Afinal, só em 2021, já foram detectados dois grandes vazamentos envolvendo mais de 200 milhões de dados acessados. Assim, é normal que uma dúvida surja em quem é afetado: como se proteger contra vazamentos?

Especialistas no assunto dizem que não há, infelizmente, como ter certeza de que suas informações não entrem nesses chamados “megavazamentos”. Acredita-se que os dois maiores de 2021 vieram do Serasa e do Poupatempo. No entanto, ainda assim, é possível tomar medidas para que os efeitos desses vazamentos sejam menos efetivos.

Como proteger dados online? Atenção com as senhas

Quando souber de algum grande vazamento de dados, não perca tempo e troque o quanto antes suas senhas. Mesmo que o vazamento não envolva a divulgação massiva de senhas, criminosos podem tentar usar dados pessoais para entrar em contas de redes sociais ou e-mails. Muitas pessoas usam data de nascimento ou até nome de parentes mais próximos como a senha principal para a maioria de suas redes sociais.

Por isso, acredita-se que trocar senhas de maneira frequente é um hábito digital saudável.

Reprodução / @negativespace no pexels

Além disso, recomenda-se que usuários não usem a mesma senha em todas as plataformas. Ou seja: melhor ter uma senha para o Facebook, outra para o e-mail e assim por diante. Isso evita que o vazamento de uma empresa, por exemplo, rapidamente comprometa informações pessoais de mais de uma rede. Para lembrar de todas essas senhas uma boa ideia é armazená-las em “cofres de senhas”, como RoboForm e LastPass.

Ative a verificação em duas etapas - Como proteger dados online

Não deu tempo de trocar suas senhas e informações de segurança? Então uma boa maneira para se prevenir dos vazamentos é ativar a verificação em duas etapas em redes sociais e e-mails. Assim, além de colocar usuário e senha, é preciso um código ou uma autorização para liberar o acesso. No Facebook, por exemplo, é possível solicitar que o serviço envie um SMS com um código para o seu celular. Só com ele o login é autorizado.

Discrição nos vazamentos

Outro ponto importante no processo de proteção de dados pessoais está em algo central: seja discreto. Especialistas chamam a atenção de que é importante, e muito mais seguro, não “distribuir” o CPF em lojas, redes sociais e coisas do tipo. Dê o mínimo de informações quando fizer um cadastro ou solicitar um desconto. Afinal, dados são valiosos. É preciso ter o costume de guardá-los para si e compartilhar apenas em momentos necessários.

É preciso, também, pensar duas vezes antes de divulgar certas informações em redes sociais ou inserir dados sensíveis em cadastro de aplicativos. Aquele serviço é confiável?

Reprodução / pexels

Por fim, faça sempre uma limpeza nos aplicativos instalados em seu smartphone. Sabe aquele serviço que colocava filtros na sua foto para te deixar com aparência de uma pessoa mais velha? Ou aquele outro que distorce sua voz? Se ainda os tem instalados em seu aparelho, a melhor saída é apagá-los o quanto antes. Eles podem ser a porta de entrada de criminosos a partir dessas falhas de segurança que ocorrem no ambiente online.

Atenção aos golpes - Como proteger dados online

É bastante comum, após um megavazamento, que criminosos comecem a aplicar os chamados golpes de engenharia social. São fraudes, boletos falsos e e-mails com informações básicas que tentam obter dados ainda mais sensíveis, como informações bancárias e coisas do tipo. Por isso, a lição principal é: desconfie. Preste atenção ao e-mail do remetente e, se possível, entre em contato com a pessoa ou instituição por outros meios.

Uma boa medida nestes tempos de vazamentos de dados é ficar atento ao recebimento de e-mail e SMS confirmando compras. Recebeu notificação de alguma compra que não fez? Entre em contato rapidamente com o banco e bloqueie o cartão, além de seguir todos os passos acima. Também não responda ligações com solicitações de informações pessoais, mesmo dizendo que é do seu banco ou coisa do tipo. Novamente, pode ser golpe.

Última modificação em 26/07/2022 23:09

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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