Golpes no e-commerce geram perdas de R$ 2 bi durante pandemia

Alta foi detectada pelo Empresômetro desde o início da pandemia; Brasil detém quase 45% das fraudes com cartão

Os golpes no comércio on line somam ao menos R$ 2 bilhões no Brasil desde o início da pandemia, mostra levantamento  do Empresômetro, unidade do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. Os golpes usando o nome de empresas acompanham o crescimento na utilização do e-commerce.  

De acordo com o levantamento, com dados divulgados pelo site Olhar Digital, a maioria dos golpes se concentra na engenharia social. São aqueles em que os criminosos digitais tentam conseguir dados do consumidor por meio de e-mails, mensagens ou ligações fingindo serem empresas tradicionais. Para atrair o consumidor oferecem promoções ou vantagens. Também se fazem passar por representantes diretos.

Fabio Assolini, analista-sênior da empresa de segurança cibernética Kaspersky, ouvido pelo Olhar Digital, diz que as fraudes mais comuns no e-commerce se concentram na obtenção de dados do cartão de crédito. O cibercriminoso usa um site com nome e URL parecidos com o de grandes lojas. Caso o usuário não preste atenção e insira os dados de seu cartão, incluindo código de segurança,  fraudador ganha acesso ao cartão e passa a utilizá-lo em geral em compras. 

Hoje, o Brasil já está no topo do ranking de vazamento de dados de cartões de crédito, de acordo com a consultoria Axur. em 2020, dia a Axur, os cartões de crédito de brasileiros representaram quase 45% dos vazados detectados.  Vale lembrar que esses golpes e perdas também são impulsionadas por vazamentos de dados, cada vez mais frequentes, já que fica mais fácil o acesso aos dados sensíveis do usuário e que podem gerar novas fraudes em compras no comércio eletrônico brasileiro.

Como se proteger de golpes

A indicação geral de especialistas é a de que as pessoas permaneçam atentas nos dias seguintes aos megavazamentos. Isso porque os criminosos que compram a base de dados tentam aplicar golpes nas vítimas por meio da chamada engenharia social. São fraudes, boletos falsos e e-mails com informações básicas que tentam obter dados ainda mais sensíveis, como bancários e outros que não estão disponíveis no vazamento.

Outra dica de especialistas diz respeito à atualização de senhas de redes sociais e de e-mails, que deve ser feita periodicamente por questão de segurança, para evitar clonagem. O mais seguro, dizem, é não usar a mesma senha para diferentes sites ou plataformas. Também não é indicado colocar dados pessoais simples nesses passes de segurança, como data de nascimento ou nome de familiares. Isso facilita a ação de hackers.

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