O Brasil caminha para avanços com a nova geração de rede de internet móvel. O leilão que acontecerá em 2021 trará mudanças para o cenário da tecnologia brasileira
Você já está familiarizado com a internet 5G? Não apenas uma evolução das gerações anteriores, faz parte da nova era da telefonia. Novo padrão de banda larga sem fio que proporcionará maiores velocidades, cobertura e recursos muito melhores que o atual 4G. São muitas mudanças e avanços que poderão ser feitas com a nova tecnologia. Além disso, o leilão que acontece em 2021 também está sendo alvo da mais nova Guerra Fria. Não entende do que estamos falando? Confira:
O 5G é a nova geração de rede de internet móvel. A tecnologia promete uma velocidade de até 20 Gigabits por segundo, maior que as gerações anteriores. Além disso, também reduz em 90% de consumo de energia. Trará mais velocidade para downloads e uploads, cobertura mais ampla e conexões mais estáveis, além de objetos conectados e cidades inteligentes (internet das coisas).
A nova geração também responde a necessidade de comportar o crescente volume de informações. Essas são produzidas e consumidas diariamente por bilhões de dispositivos sem fio pelo mundo. As faixas de frequência estão cada dia mais congestionadas. O que também pode gerar falha nos serviços. Assim, o 5G vem para elevar muito mais as potencialidades da rede atual.
Com uma cobertura mais ampla e eficiente, permite maiores transferências de dados e número maior de conexões simultâneas. Usando o melhor espectro de rádio, será possível que mais aparelhos acessem a internet móvel ao mesmo tempo. Especialistas afirmam que o 5G permitirá que mais de 1 milhão de aparelhos se conectem por metro quadrado.
Porém, para se tornar realidade no Brasil é necessário superar a regulação e infraestrutura para permitir que a tecnologia se massifique.
Países como Coreia do Sul, Áustria, Finlância, Austrália, China, Reino Unido e Estados Unidos já começaram a usar a tecnologia em 2020. Entretanto, no Brasil, o governo irá realizar um leilão para selecionar as operadoras que ficarão responsáveis pela oferta do serviço de conectividade. Quem lidera a briga no mercado brasileiro é a Claro, que começou a impulsionar em julho as primeiras redes 5G em bairros de São Paulo e Rio de Janeiro.
Portanto, a expectativa é que até 2025 haja 1,2 bilhão de conexões 5G no mundo. Acima de tudo, ele permitirá o desenvolvimento de tecnologias promissoras, como a internet das coisas e a telemedicina. Então, veja alguns benefícios:
Além disso, o 5G pode alcançar regiões que estão fora dos grandes centros. Os investimentos para implementação também são mais baratos que a fibra ótica. Ou seja, economia em recursos, podendo reduzir o fosso digital que existe no mundo
Porém, para o seu uso provavelmente precisaremos trocar nossos smartphones. A rede funciona apenas em aparelhos que suportam o 5G, como os celulares da linha Edge, da Motorola, lançados no Brasil em julho.
Preparado para acontecer em 2021 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o leilão que irá definir como as operadoras de telefonia poderão explorar as faixas de frequência. Na segunda etapa após o leilão, o 5G brasileiro começa a operar nas frequências de 3,5 GHz, que são mais altas do que o espectro em utilização para o 4G e são adotadas internacionalmente como o padrão para a tecnologia. Dessa forma, essa é uma oportunidade de o Brasil finalmente deixar de ser apenas um produtor de commodities para entrar no século 21.
O Brasil se encontra no meio de uma disputa de viés político e ideológico. Existe um medo que a China controle as comunicações e os dados no futuro. Com efeito, a empresa chinesa Huawei, de produtos e infraestrutura de telecomunicações, é acusada pelo governo americano de espionagem, e sua participação no processo de implementação do 5G nos Estados Unidos e em parceiros comerciais poderá ser vetado. De fato, esse não é o único capítulo que inclui o que está sendo nomeado como a Guerra Fria, ou Guerra Fria 2.0. Isso envolve também os embates dos Estados Unidos contra o aplicativo Tik Tok, por exemplo. A briga se configura como uma disputa pelo domínio do mercado tecnológico, marcada pela 4ª Revolução Industrial.
Após as operadoras de telecomunicações conseguirem o direito de explorar a frequência, terão que colocar a infraestrutura. Portanto, a questão é a participação de empresas chinesas nesse processo. Todavia, as operadoras poderão ou não utilizar equipamentos produzidos pela Huawei. Assim, agora resta saber se o Brasil irá resistir às pressões dos Estados Unidos.
Última modificação em 29/07/2022 10:25
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