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Uber testa em São Paulo gravação das viagens em vídeo

Serviço, já lançado em onze cidades do País, busca aumentar a segurança de motoristas parceiros e também dos usuários

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Para fortalecer a segurança de motoristas parceiros, a Uber deu largada, nesta segunda-feira, 19, em São Paulo, a um piloto de gravação de vídeo com o aplicativo, durante as viagens. O objetivo do recurso, disponibilizado por meio de um app parceiro, é permitir que motoristas usem a própria câmera do celular para, quando assim desejarem, gravar todas as viagens feitas com a Uber.

A ferramenta já tinha sido lançada em Aracaju (SE). Depois, passou a ser testada também em Campo Grande (MS), Natal (RN), Maceió (AL), Ribeirão Preto (SP), São José dos Campos (SP), Sorocaba (SP), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Campinas (SP), no Recife (PE) e em Porto Alegre (RS). Agora, além de São Paulo, chega também a Belo Horizonte (MG). A filmagem das viagens, via smartphone, está sendo testada como uma nova alternativa para o registro das viagens. Uma vez implementada, a solução fica disponível a qualquer um que queira dirigir com o app, em qualquer lugar.

"Desde que a Uber definiu, em âmbito global, a segurança como sua prioridade, temos continuamente buscado testar novas tecnologias que nos ajudem a avançar nesse tema", explica a diretora-geral da Uber no Brasil, Claudia Woods, por meio de nota. "Queremos entender se essa tecnologia de gravação de imagens pode contribuir para que motoristas parceiros e usuários tenham ainda mais tranquilidade para continuar usando a Uber, claro que sempre respeitando as normas de privacidade".

Como funciona a Uber em vídeo?

O piloto começou com um grupo reduzido e será aos poucos expandido até chegar a todos os motoristas parceiros de São Paulo. Os parceiros podem deixar esse piloto a qualquer momento. Os usuários conectados aos motoristas participantes do teste também são informados de que sua viagem pode estar sendo gravada, para que possam optar por cancelar e buscar outro parceiro, se assim preferirem. A iniciativa passou pela chancela da área de Privacidade da Uber, para assegurar o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados.

Assim como já ocorre no recurso de gravação de áudio, lançado em âmbito nacional recentemente, a gravação de vídeo também permanecerá criptografada no celular, sem que ninguém possa acessá-la. Nem mesmo o próprio motorista, que não possui a chave da criptografia. Quando o motorista parceiro enviar o arquivo via Wi-Fi ou rede móvel, ele ficará armazenado com a Uber, que terá acesso apenas às informações básicas do parceiro e data/horário da gravação, mas sem nenhum dado sobre usuários.

Se, mais tarde, o parceiro decidir abrir uma reclamação de segurança, ele terá a opção de adicionar o vídeo. Só então a Uber,  que tem a chave da criptografia, terá acesso às imagens. Além do chamado aberto pelo próprio parceiro para solicitar uma investigação à Uber, só as autoridades competentes poderão ter acesso às imagens, na forma da lei.

Última modificação em 15/05/2023 11:43

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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Tags: Uber