Cabify anuncia que vai encerrar operações no Brasil

A startup de caronas Cabify, concorrente da Uber e da 99, anunciou, nesta sexta-feira, 23, que vai encerrar suas operações no Brasil, a partir de 14 de junho. No país desde maio de 2016, a empresa informou, por meio de comunicado, que "a persistência da pandemia de Covid-19 no Brasil dificulta a criação de valor dos seus serviços de carona compartilhada, dependente da mobilidade urbana. Por decisão de rentabilidade, diz, resolveu deixar o País.

Nas redes sociais, a marca confirmou a decisão. "Depois de tantos anos nos movendo, no próximo dia 14 de junho deixaremos de operar no Brasil. Obrigado por tudo, e mesmo que não os levamos mais de Cabify, os levaremos para sempre no coração. Nos vemos nos países onde ainda operamos o serviço", diz a postagem.

O aplicativo de caronas funcionava nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, do Rio de Janeiro, de Santos e São Paulo.

História do Cabify

De origem espanhola, a startup opera hoje em 85 países, com forte presença na Europa. No Brasil, a startup surgiu com a proposta de oferecer caronas com carros mais confortáveis e apenas com motoristas que mantivessem avaliações acima da média.

Em 2017, a empresa fez o primeiro movimento de que estava interessada no Brasil. Anunciou que iria direcionar um aporte de US$ 200 milhões totalmente para suas operações no Brasil. À época, o executivo Juan de Antonio disse que a empresa via mais oportunidades no Brasil e na América Latina do que na Europa.

No mesmo ano, o grupo Maxi Mobility, dona do Cabify, comprou a plataforma brasileira Easy Taxi. Dois anos depois foi incorporada ao app espanhol. Depois, em 2019, o Cabify disse que investiria mais US$ 20 milhões no Brasil, até 2024, para expandir mais ainda suas operações por aqui. No entanto, os primeiros sinais de que as operações não iam bem começaram a aparecer.  A empresa abandonou o status de "corrida premium" para baratear o preço das viagens.