HSBC descarta bitcoin e outras criptomoedas em operações do banco

CEO da instituição aponta volatilidade da criptomoeda para justificar o não uso em gestão de fortunas

Enquanto enfrenta desconfiança do mercado e de investidores devido à vertiginosa queda de preço, o bitcoin também tem sido alvo de empresas e instituições, como o próprio Elon Musk, ao informar que a Tesla não aceitaria mais transações na criptomoeda por causa do alto custo com gasto de energia.

Nesta terça-feira, 25, foi a vez do HSBC, banco britânico considerado o sexto maior do mundo, se pronunciar afirmando que não está promovendo bitcoin e outras criptomoedas em seu negócio de gestão de fortunas.

A afirmação veio do CEO Noel Quinn em uma entrevista dada à Reuters. “Vejo o bitcoin mais como uma classe de ativos do que um veículo de pagamentos, com questões muito difíceis sobre como avaliá-lo no balanço patrimonial dos clientes por ser tão volátil”, disse o executivo.

O HSBC e a CBDC

O CEO também falou sobre as stablecoins, observando que elas “têm algum apoio de reserva para lidar com as preocupações com o valor armazenado, mas isso depende de quem é a organização patrocinadora mais a estrutura e acessibilidade da reserva”.  Já sobre Moedas Digitais de Banco Central (CBDC), Quinn se mostrou bastante otimista:

“Os CBDCs podem facilitar as transações internacionais em carteiras eletrônicas de forma mais simples, eles eliminam os custos de fricção e tendem a operar de maneira transparente e têm fortes atributos de valor armazenado”, avaliou.

A postura do CEO do HSBC vai na contramão do que alguns outros bancos de investimento globais têm feito. O Goldman Sachs, por exemplo, no início deste ano, relançou sua mesa de negociação de criptoativos, depois de ter engavetado a ideia em 2018. 

China e a moeda digital

A China atualmente lidera a corrida pelo desenvolvimento de uma CBDC, o yuan digital, que já vem passando por testes, e o país indicou a intenção de disponibilizá-lo para visitantes e atletas estrangeiros nas Olimpíadas de Inverno de Pequim, que serão realizadas em 2022.

No Brasil, o Banco Central divulgou, na segunda-feira, 24, as diretrizes para o desenvolvimento de projetos de uma CBDC nacional.

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