Maioria dos brasileiros é contrário ao voto obrigatório, diz Datafolha

Segundo o Datafolha, 56% dos entrevistados são contrários à obrigação de comparecer às urnas, ante 41% que se dizem favoráveis a esse dever.

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha mostrou que a maioria dos brasileiros é contrária ao voto obrigatório, modelo que é imposto no Brasil. Segundo o instituto, 56% dos entrevistados são contrários à obrigação de comparecer às urnas, ante 41% que se dizem favoráveis a esse dever. 1% dos entrevistados não soube responder, e outro 1% se disse indiferente a respeito.

Ainda segundo o Datafolha, a rejeição à obrigatoriedade do voto é maior entre homens (64%) do que entre mulheres (50%). No recorte regional, a crítica é mais expressiva em regiões metropolitanas (64%) do que em localidades do interior (51%). Além disso, as taxas se mantêm parecidas entre apoiadores e opositores do governo de Jair Bolsonaro.

Pesquisa

Pesquisa foi feita entre os dias 8 e 10 de dezembro e ouviu 2016 de brasileiros adultos que possuem telefone celular de todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Neste ano, a pesquisa foi feita por telefone para evitar a infecção por Covid-19. Por isso, é feita de forma mais rápida também e sem interações visuais.

Na ultima pesquisa, em 2015, a taxa de rejeição atingiu 66%. Já em maio de 2010, os blocos contrários e favoráveis ao voto obrigatório estavam empatados, com 48% cada. A última vez que o bloco favorável liderou nas pesquisas foi em 2008, com 53% dos entrevistados apoiando a obrigatoriedade do voto.

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Foto: agência brasil

Voto obrigatório

Este ano, a discussão sobre o voto ser obrigatório ou facultativo voltou à tona, por conta do grande número de abstenções às urnas devido à pandemia da COVID-19.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luis Barroso afirmou em entrevista à Folha que "A gente começa a fazer uma transição. O modelo ideal é o voto facultativo e em algum lugar do futuro não muito distante ele deve ser.".

Contudo, o ministro afirmou, que ainda não defende o voto opcional. Disse que nos países com esse modelo há um incentivo à polarização, porque "os extremos não deixam de comparecer [às urnas], e os moderados muitas vezes deixam".

 

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