Após anos de teorias, Nasa confirma existência de água na Lua

Segundo a Nasa, moléculas de água foram encontradas na Cratera Clavius; havia indícios há anos, mas desta vez resultados são consistentes

A Nasa, agência espacial americana, anunciou nesta segunda-feira, dia 26, a existência de moléculas de água na Lua. Isso é possível após a realização de um estudo feito na superfície lunar.

água na Lua?

Na realidade, até a década de 1990, os cientistas acreditavam que a era seca. Mas, anos atrás, uma espaçonave em órbita observou indícios de gelo em crateras grandes perto dos polos lunares.

Em 2009, a espaçonave Chandrayaan-1, da Índia, registrou reflexos de água na luz na superfície da Lua. Ainda assim, não era possível saber se realmente era água ou moléculas de hidroxila (um átomo de oxigênio e um de hidrogênio) encrustado em minerais.

Anos depois, em 2017, cientistas da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, publicaram estudo na revista Nature na qual afirmavam ter indícios de água dentro de rochas lunares através da análise do comportamento da luz.

No entanto, o estudo divulgado hoje pela Nasa é bastante robusto e completo, fazendo com que a agência americana pudesse bater o martelo sobre isso.

De acordo com o estudo, a presença de água no satélite natural da terra se dá de forma espalhada. Os cientistas encontraram moléculas de água em grãos minerais.

Segundo Casey Honniball, pesquisadora da Nasa e principal autora do estudo, a água encontrada na Lua não está congelada. "São apenas as moléculas de água. Estão tão espalhadas que não interagem umas com as outras para formar gelo ou estar na forma líquida", explicou.

A Nasa conseguiu chegar aos dados com o observatório Sofia, um modelo Boeing 747SP modificado para carregar um telescópio. As imagens podem dar uma visão mais ampla do espaço.

Desse modo, o observatório detectou moléculas de água na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra.

O fato de encontrar água na Lua é um ponto positivo para quem pesquisa o satélite. Isso porque mostra haver um recurso potencial para a Nasa, que no ano passado criou o programa Artemis, focado em enviar novamente astronautas à Lua nos próximos anos.

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A questão é que lançar água no espaço é bastante caro. Com a possibilidade de haver água na Lua e usá-la para beber e reabastecer os foguetes, o assunto é aquecido novamente.

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