Finanças

Bancos já oferecem o consignado sob as novas condições

Desde o dia 30 crédito pode ter o valor elevado e prazo de carência estendido mesmo para os recursos já contratados

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Os bancos já estão oferecendo crédito consignado de valor maior e com mais prazo de carência para quem solicitar essa modalidade de empréstimo ou já tem contratado um. Os clientes interessados podem procurar as agências bancárias para levantar o crédito sob novas condições, mais favoráveis, em limite de valor e prazo. Quem já tem um empréstimo desse tipo também pode ir à agência para renegociar as condições do contrato.

As novas regras aumentam o limite de crédito, em relação ao rendimento do cliente (o comprometimento da prestação sobe de 30% para 35%), e o prazo de carência para até 120 dias. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) comunicam que os bancos já concluíram o processo de  adaptações internas e estão operacionalmente preparados para a concessão de crédito sob as novas condições, previstas na Lei nº 14.131, sancionada em 30 de março.

“As medidas têm como principal objetivo aliviar a pressão sobre os orçamentos familiares, disponibilizando mais prazo e recursos para os servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS, e empregados de empresas privadas por meio de um empréstimo barato e de longo prazo”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban.

De acordo com dados de fevereiro do Banco Central, o crédito consignado tem uma carteira de R$ 446,7 bilhões, dos quais a grande parcela de recursos está concentrada em operações com aposentados e pensionistas do INSS em com servidores públicos.

O crédito consignado é umas das modalidades de empréstimo mais baratas do mercado e o que exige menos burocracia em sua concessão, uma vez que as parcelas mensais são descontadas diretamente do benefício ou salário do cliente e não por meio de desconto em conta corrente ou por boleto, como ocorre nas outras formas de financiamento.

O fato de a prestação da dívida ser retirada da renda mensal antes que o benefício ou o salário chegue ao bolso do cliente torna a operação mais segura para quem empresta, os bancos, o que possibilita a cobrança de taxas de juro mais baixas porque, senão evita, reduz o risco de calote.

Por causa da maior segurança dos bancos nessa operação, as regras de concessão também são flexibilizadas, cada vez mais, para que os interessados com condições de pleitear o crédito consignado tenham o acesso facilitado a ele.

A oferta seduz, porque é um volume de dinheiro muito maior que o benefício ou o salário que cai mensalmente na conta, mas é também um crédito antecipado que vai passar a consumir, mensalmente, parte da renda futura do tomador. E esse desconto da parcela da renda mensal passará ser maior para quem pedir o limite máximo de crédito de até 35% e carência de até 120 dias.

Última modificação em 26/07/2022 08:09

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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