Finanças

Conheça o home equity, o empréstimo com juro menor

Procura por modalidade de crédito que tem nos imóveis sua garantia cresceu 47,3% no primeiro trimestre

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O home equity, uma modalidade de crédito com garantia em imóvel, vem em alta desde o início do ano como opção de financiamento de longo prazo. Especialmente para pequenos e microempresários que enfrentam um cenário ainda mais desafiador na pandemia e acesso restrito a linhas de financiamento para pessoa jurídica nos bancos.

Dados levantados pela Credhome, plataforma online de crédito imobiliário multibanco, apontou um crescimento de 47,3% na procura por home equity no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado. Com quase 12 mil consultas, o volume de negócios contratados na plataforma teve expansão de 46,1% no período.

Home equity permite conseguir um  financiamento por prazo mais longo e juros mais baixos. Foto: arquivo

Embora em volume  que ainda nem possa ser comparável com as demais modalidades de crédito existentes no mercado, o interesse por home equity é crescente. Por uma série de motivos.

Prazo de até 20 anos, recursos livres e de tíquete alto, taxas de juros a partir de 0,74% ao mês mais IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, fazem desse tipo de empréstimo garantido por imóvel uma opção de crédito bastante atraente também para pequenos e microempresários.

Embora seja um produto tradicionalmente dirigido a pessoas físicas, cresce o interesse de pequenos e microempresários, cujas consultas à plataforma do Credhome participam com cerca de 20% do total.

O aumento da demanda não ocorre à toa. Dados do Banco Central apontam que a concessão de empréstimos com recursos livres para pessoas jurídicas (empresas) – que em geral têm dificuldade de acesso ao crédito bancário – recuou 8,6% em 2021. As linhas para empresas têm prazo de duração mais curta que a das pessoas físicas.

O home equity ainda é pouco difundido no Brasil, continua fora da prateleira dos grandes bancos, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e em países da Europa. A linha é oferecida por plataformas digitais, as fintechs.

O valor do empréstimo pode chegar a 60% do valor do imóvel dado como garantia de pagamento. O bem oferecido para assegurar a operação permanece com o proprietário, que pode usufruir dele ou alugá-lo durante o período do contrato.

Essa linha de crédito tem custo menor justamente porque conta com o lastro do imóvel, que o proprietário devedor corre o risco de perder se deixar de pagar as prestações do empréstimo.

Última modificação em 26/07/2022 08:39

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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