Finanças

Pix deve ajudar micro e pequenos empreendedores

Disponibilidade por 24 horas, velocidade das transações e conveniência para pagamento geram benefícios para o negócio

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O Pix se populariza como meio de pagamento e, com seis meses de funcionamento, conquista, a cada dia, novos usuários. Dentre eles, os donos de pequenas e microempresas. A expectativa do Banco Central é de que a adoção de novas funcionalidades aumente a adesão dos empreendedores ao meio de pagamento instantâneo para realizar as operações bancárias de suas empresas.

A mais nova funcionalidade, o Pix Cobrança, está em vigor desde 14 de maio e possibilita a geração de faturas com data de vencimento para pagamentos por meio de um QR Code, com cálculo automático de multas e juros, em caso de atraso, ou desconto, por pagamento antecipado.

A analista Cristina Araújo, do Sebrae, faz balanço positivo do funcionamento do Pix. “A disponibilidade por 24 horas por dia, a velocidade das transações, a conveniência para pagamento, seja por QR Code ou Chave Pix, são benefícios que, no fim do dia, no fechamento do caixa, contribuem para que o empreendedor tenha condições de tomar decisões mais assertivas para o negócio.”

O Banco Central calcula que mais de 83,5 milhões de pessoas, incluindo os microempreendedores individuais (MEIs), e quase 5,5 milhões de empresas estejam usando a tecnologia do Pix. São, no total, 237,3 milhões de chaves Pix cadastradas nas mais de 750 instituições habilitadas para oferecer o serviço, como bancos tradicionais, fintechs, instituições de pagamento e cooperativas de crédito.

O número de transações por meio do Pix é crescente desde novembro, quando foi criada a nova modalidade de transferência bancária, não apenas entre pessoas, mas também entre empresas. Dados apontam que a taxa média de crescimento, no pagamento de pessoas para empresas, foi de 57,5% em abril.

Adesão maior de pequenas e microempresas ao Pix

A analista do Sebrae diz que a agenda evolutiva do Pix para o ano aponta para boas perspectivas de uma adesão ainda maior das pequenas e microempresas. As melhoras incluem a possibilidade de saque e troco em estabelecimentos comerciais, a realização de operação sem necessidade de internet (offline), pagamento por aproximação, disponibilidade de mecanismo especial de devolução para casos de suspeita de fraudes e falhas operacionais.

As médias, pequenas e microempresas que se enquadram no regime tributário do Simples Nacional podem pagar também suas contribuições por meio do Pix. A expectativa é de que mais de 16 milhões de empreendedores sejam beneficiados.

Para pagar o Simples com o Pix, o empreendedor deve retirar o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) online, que virá com um QR Code. Em seguida, o contribuinte deve abrir o aplicativo da instituição que é registrado, escolher a função Pix, fazer a leitura do código QR Code com a câmera do celular e o processo é iniciado. O pagamento instantâneo também está disponível para quem renegocia dívidas e precisa pagar as parcelas do Simples.

Última modificação em 26/07/2022 06:07

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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