Finanças

Prazo para contestar cancelamento do auxílio emergencial termina dia 28

Entre os principais motivos do cancelamento estão o registro em um emprego ou recebimento de benefícios assistenciais

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Quem recebeu a primeira parcela do auxílio emergencial 2021 e teve o benefício anulado tem até a próxima sexta-feira, 28,  para contestar o cancelamento. Já o  beneficiário do Bolsa-Família que teve o pagamento do auxílio cancelado tem até 1º de junho para fazer a contestação e tentar a retomada do pagamento.

Para verificar o que ocorreu não é preciso ir à agência da Caixa ou ao posto de atendimento do CadÚnico. Um dos canais é acessar o site do Dataprev, onde pode ser acompanhado todo o processo de solicitação.

Os cancelamentos do auxílio emergencial, de acordo com o Ministério da Cidadania, são consequência de revisões mensais que o governo promove no processo de concessão de benefícios. Os trabalhadores podem consultar a situação de seu benefício pelo aplicativo do auxílio emergencial, pelo site auxilio.caixa.gov.br ou pelo https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/.

Já a contestação deve ser feita apenas pelo site https://consultaauxilio.cidadania.gov.br. O ministério orienta que para tanto basta verificar se há parcela com a situação cancelada e clicar no botão “contestar”.

Segundo o ministério, “se a razão que motivou o cancelamento do auxílio emergencial 2021 permitir contestação, o registro do cidadão será reanalisado pela Dataprev e, uma aprovado, o trabalhador voltará a receber”.

Motivos do cancelamento do auxílio emergencial

Estão entre os principais motivos do cancelamento do auxílio emergencial o registro em um emprego, o recebimento de benefícios assistenciais e previdenciários ou até por falecimento.

Pagamento parcelado

O auxílio emergencial 2021 será pago em quatro parcelas, com valor médio de R$ 250 cada uma. A exceção são as mulheres chefes de família monoparental (as que criam os filhos sozinhas), que recebem R$ 375, e os indivíduos que moram sozinhos (família unipessoal), com direito a R$ 150.

O valor dos repasses do governo federal para a primeira parcela do auxílio emergencial, que chegou a 39,1 milhões de famílias, totalizou R$ 8,9 bilhões. Se não houver a aprovação e a incorporação de novos candidatos ao programa, o valor total das quatro parcelas somará R$ 35,6 bilhões, quantia inferior aos R$ 44 bilhões aprovados pelo Congresso para o benefício.

Benefício prorrogado?

O mesmo Congresso agora pressiona o governo para que avalie a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial, diante de uma possível terceira onda de covid-19 e níveis recordes de desemprego. Senão por outros motivos também, como uma forma de melhorar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro e agradar aos parlamentares da base aliada.

Última modificação em 25/07/2022 14:55

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.