Com a decisão de Fachin, ex-presidente Lula se torna elegível e pode concorrer nas eleições de 2022. Veja como Jair Bolsonaro e outros políticos reagiram a novidade desta segunda-feira (08/03).
A decisão do ministro do STF Edson Fachin, que tornou o ex-presidente Lula elegível para 2022, e anulou as condenações sobre os casos do triplex do Guarujá, do sítio de Atibaia e das doações ao Instituto Lula, todas relacionadas a Operação Lava Jato, foi o principal assunto desta segunda-feira, 8 de março.
Fachin declarou que a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável por julgar e condenar Luiz Inácio Lula da Silva por corrução e lavagem de dinheiro, era o “juiz natural” dos casos, e, por isso, caberá à Justiça Federal do Distrito Federal dizer se os atos realizados nos três processos podem ou não ser validados e reaproveitados. Agora, Lula volta a ser elegível, e deixa de ser impedido pela Lei da Ficha Limpa, caso queira se candidatar a algum cargo público.
Veja como a notícia repercutiu para as influências políticas do país, como Luciano Huck e Ciro Gomes.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou sobre a decisão e afirmou não ter ficado surpreso, já que "Edson Fachin tem uma forte ligação com o PT". "Então não nos estranha", completou. Bolsonaro fez questão de destacar que, em sua avaliação, o governo do PT foi "catastrófico" e chegou a falar sobre o Lula ser elegível no próximo ano.
"Acredito que o povo brasileiro não quer ter um candidato desse em 2022, muito menos pensar em eleger. É só ver, a bolsa foi lá pra baixo e o dólar pra cima. Todos nós sofremos com uma decisão dessa aí", afirmou.
Cotado para se lançar no mundo da política em 2022, o apresentador da rede Globo, Luciano Huck, usou o seu Twitter para comentar a decisão do ministro Edson Fachin, de anular todas as condenações feitas ao ex-presidente Lula, durante a Operação Lava Jato. Huck foi preciso ao comentar sobre uma possível candidatura de Lula nas eleições presidenciais de 2022. "Mas uma coisa é fato: figurinha repetida não completa álbum", escreveu o comunicador.
Ciro Gomes (PDT), ex-ministro e possível candidato para a presidência em 2022, também compartilhou sua opinião sobre Lula ser elegível no próximo ano. No Twitter, Ciro postou um copilado em que aparece falando sobre decisões de ministros e alfinetou dizendo que "sempre tentou avisar o Brasil".
O político também participou do UOL Entrevista com Kennedey Alencar, onde comentou ainda mais sobre o assunto: "Nós vamos ficar discutindo: o Lula é elegível? O Lula é inelegível? Olha, esse filme eu já vi. Não contem comigo para esse circo mambembe porque a tragédia brasileira não permite mais contemporização", afirmou.
O deputado federal de Pernambuco, Túlio Gadêlha (PDT), comemorou a decisão de Edison Fachin e afirmou que a condenação de Lula foi feita "sem provas, viciada, fraudulenta e juridicamente ilegítima", e que espera que o ex-juiz Sergio Moro responda por sua parcialidade na condunção do processo.
Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Estado do Paraná e presidente do PT, afirmou em seu Twitter que a decisão de Fachin não "apagará os 580 dias da prisão injusta do Lula". E afirmou que Sergio Moro é um juiz "criminoso que deve ser julgado e condenado."
Para o senador Renan Calheiros (MDB-AL), a decisão do STF deve ser "saudada", embora seja "tardia". A declaração foi dada ao portal UOL. "É o que faço agora. Mas está longe de reparar os danos causados à democracia brasileira", completou.
Guilherme Boulos, ex-candidato do PSOL à Presidência da República em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020, também reforçou que "Lula sofreu arbitrariedades e passou 580 preso". Na opinião de Boulos, a anulação dos processos de Lula não são a salvação de quem fez "política de toga".
Já o atual presidente da Câmara dos Deputados e apoiador de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), expressou sua opinião no Twitter também. Lira exaltou o detrimento de Sergio Moro na Operação Lava Jato e afirmou: "Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!".
Ao jornal EL País Brasil, Lula gravou um vídeo comentando sobre a decisão de Fachin. O ex-presidente afirmou que "saiu sem ódio" e agora quer reconstruir sua vida "tranquilamente", e, inclusive se casar outra vez. "Todo político corrupto se esconde, e eles pela primeira vez, enfrentaram um político que não tem medo deles porque eu sou que inocente", reforçou.
Em relação a se eleger em 2022, Lula já declarou recentemente que não está nos seus planos, mas, se for preciso para derrotar o bolsonarismo, ele irá sim sair candidato como presidente da República pelo PT.
Última modificação em 01/07/2023 12:19
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