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Fintech de crédito educacional, Elleve tem aporte de R$ 28 mi

Startup vai investir recursos em evolução tecnológica, com especial atenção no aprimoramento da inteligência artificial

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A Elleve, fintech de crédito educacional, anunciou, na quarta-feira, 21, o recebimento de um aporte de R$ 28 milhões. É a primeira rodada de investimento da startup, liderada por sócios da própria fintech e fundos de investimento privados com participações no mercado educacional, bem como startups já consolidadas no mercado de inovação no País.

Dona de uma plataforma tecnológica que conecta o estudante diretamente a instituições de ensino e com o mercado de trabalho, a Elleve informa que usará os recursos na evolução tecnológica, com especial atenção para a inteligência artificial. Também focará na contratação e formação de equipes e no modelo sustentável de financiamento. 

Fundada em 2020 por André Dratovsky, a startup também fez a emissão de debêntures que somaram R$ 123 milhões, aportados ao longo dos próximos 18 meses. “Isso nos trará solidez e fôlego para suportar o crescimento do volume de alunos financiados. Mesmo na pandemia, notamos um crescimento de 100% nas solicitações de crédito mês a mês. A pandemia acelerou o desenvolvimento do ensino híbrido e cursos a distância.”, explica Dratovsky, por meio de nota.

Operação da Elleve

Em seu primeiro ano de operação, a empresa tem como desafio atrair e impactar seis mil estudantes e chegar a mais de 30 mil em 2022. Até o momento, já são 60 escolas aderentes e vinculadas aos programas de financiamento como Impacta, Mentorama, Be Academy, FM2S, 4ED, Ironhack, entre outras que, juntas, somam pouco mais de 40 mil alunos.

Como diferencial de mercado a startup oferece crédito com taxa máxima de 1,99% ao mês, dependendo do programa. O modelo permite acesso aos jovens, independentemente da situação socioeconômica em cursos de profissionalização, gerando emprego e renda. Do lado das escolas, a solução permite uma captação maior de alunos, redução no nível de evasão, além de antecipação de mensalidades.

“O ensino superior tradicional há tempos deixou de ser a única opção para o sucesso profissional. A educação profissional mais especializada, por meio de cursos livres ou técnicos, é um caminho mais curto e tangível, de modo que conseguimos torná-la muito mais acessível, de forma fácil e rápida a um público que, até hoje, se desenvolve em grande parte apenas por meio da ‘experiência da vida’”, assinala o empreendedor na nota.

Inteligência artificial na análise financeira

Com o uso de novos recursos de inteligência artificial, mesmo alunos negativados ou sem nenhum histórico de crédito conseguem financiamento dos cursos. Por essa razão, a Elleve tem em seu processo a curadoria das escolas parceiras, garantindo que o esforço do aluno de fato trará ganho em sua trajetória profissional, assim como a sua escolha.

“Quanto maior o potencial de impacto de um curso, além de outros fatores, mais permissiva será a nossa análise de crédito aos alunos. Inspiramos e ajudamos o jovem a conduzir o seu caminho profissional de forma promissora, seja qual for sua vocação ou herança socioeconômica, além de ser uma oportunidade de desbravar um segmento carente de opções financeiras acessíveis e criativas”, diz.

Última modificação em 26/07/2022 12:49

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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Tags: Startup