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Telegram recebe investimento de US$ 150 milhões

Base de usuários do aplicativo de mensagens tem atualmente massa crítica que o coloca entre os gigantes globais da tecnologia

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O Telegram anunciou, na terça-feira, 23, ter recebido investimento de US$ 150 milhões da empresa Mubadala. O montante equivale a algo próximo de R$ 822 milhões pela cotação de hoje.

O aplicativo de mensagens informou também ter conseguido levantar cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,48 bilhões) com a venda de títulos em uma nova operação financeira.

De acordo com o Telegram, US$ 75 milhões foi investimento do Mubadala e US$ 75 milhões vieram de um investimento conjunto da Abu Dhabi Catalyst Partners.

De acordo com Faris Sohail Faris al-Mazrui, executivo do Mubadala, “a base de usuários do Telegram atingiu uma massa crítica que o coloca entre os gigantes globais da tecnologia”.

Monetização

Esses aportes surgem em um momento em que o Telegram passa por uma crise. Recentemente, a empresa disse que, deido a uma dúvida de US$ 700 milhões, estudava colocar anúncios dentro do aplicativo.

Essa seria a maneira, segundo o Telegram, de fazer com que os mais de 500 milhões de usuários se tornem rentáveis.

Ao contrário de outros aplicativos de mensagens, o Telegram busca a confidencialidade de seus usuários, evitando venda de dados e análise de comportamento.

(foto: pixabay)

Com isso, o aporte e a venda de títulos servirão para manter o aplicativo funcionando enquanto um plano de monetização não se torna realidade para ajudar o futuro da startup.

“Isso permitirá que o Telegram continue crescendo globalmente enquanto se mantém fiel aos seus valores e permanece independente”, disse o fundador da plataforma, Pavel Durov, por meio de um comunicado onde explica o aporte recebido.

Independência

Pavel também se comprometeu a não vender o Telegram, deixando claro que quer que o aplicativo permaneça independente.

Este, junto com a segurança de confidencialidade, é um dos principais atrativos da plataforma frente à forte concorrência com WhatsApp e Facebook Messenger.

Afinal, com criptografia e sem grandes empresas de tecnologia por trás, o Telegram busca se mostrar como uma ferramenta que está interessada na segurança digital do usuário. Apesar de golpes que rondam a plataforma.

Última modificação em 26/07/2022 22:55

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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