Iguarias que fazem parte do costume brasileiro das regiões centro-oeste e nordeste agora fazem parte do Patrimônio Imaterial da Humanidade
O tereré, bebida paraguaia que conquistou brasileiros que fazem fronteira com o país vizinho e tornou-se costume nos estados de Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo e o cuscuz, culinária tradicional do nordeste brasileiro foram considerados Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco.
A decisão ocorreu por videoconferência no Comitê de Patrimônio da Unesco, sob a presidência da Jamaica, na tarde desta quinta-feira (17). É o primeiro patrimônio imaterial que o Paraguai consegue incluir na lista.
A gastronomia é, para todos os povos, um grande património. A cultura também se serve à mesa, de tal modo que a UNESCO decidiu incluir na lista de património imaterial da humanidade, desde 2008, a comida típica dos países ou regiões.
A arte, o processo de confecção, a história e a sua riqueza também são aspetos levados em conta, de tal modo que durante estes sete anos a UNESCO incluiu na sua lista apenas nove tradições culinárias.
Tradicional no Paraguai, o tereré é um misto de erva-mate acompanhado com água bem gelada. Eleito por socializar e integrar pessoas, a bebida é certeira para dias quentes, uma vez que ela é refrescante.
Assim como no Brasil, no Paraguai, a prática de consumir tereré, que em circunstâncias normais se faz em grupos, representa um ato de confiança e promove a inclusão, a equidade social e a diversidade cultural, sem distinção de crenças religiosas, classes sociais, idade ou sexo.
A indicação, denominada “Práticas Tradicionais e Saberes Tereré na cultura Pohã Ñana. Bebida ancestral Guarani no Paraguai”, foi feita em 2019 e não só inclui a cultura do consumo, mas também enfatiza as pessoas que estão envolvidas na produção, comercialização, consumo e transmissão dessa tradição de geração em geração.
“Comemoramos a conquista histórica que significa a declaração como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade (PCI) às 'Práticas Tradicionais e Saberes dos Tereré na Cultura da Pohã Ñana, uma bebida Guarani ancestral do Paraguai' pela UNESCO”, disse o ministro da Cultura, Rubén Capdevila, por meio das redes sociais, logo após o comunicado.
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Ingredientes
Preparo
O cuscuz também foi incluído na lista, pela aprovação de pedido feito por Argélia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia, nesta quarta-feira (16). O prato, feito à base de farinha ou polvilho, é bastante consumido no nordeste do país.
Por mais que o prato não tenha uma origem definida, na inscrição ele vinha com o argumento de ser consumido por homens, mulheres, jovens, imigrantes e até em população nômades. A iguaria faz parte da vidas das pessoas que dizem: “o melhor cuscuz é o da minha mãe” – marca uma tradição geracional e condiz que o prato faz parte de reuniões familiares e é mantido de geração em geração.
O preparo em si não vem acompanhado de um receita específica. No nordeste brasileiro, a farinha de cuscuz é servida como uma farofa, presença marcante na primeira refeição do dia.
Ingredientes:
2 xícaras (chá) de farinha de milho
1 xícara (chá) de água (aproximadamente)
1 colher rasa (chá) de sal
Modo de Preparo
Última modificação em 28/07/2022 10:09
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