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Bolsonaro vai ser preso por causa da carteira de vacinação?

PF investiga suposta falso registro de vacinação

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O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira, 3 maio, e que investiga adulteração em cartões de vacinação. Mas Bolsonaro vai ser preso?

Bolsonaro vai ser preso?

Bolsonaro e um grupo são investigados por suspeita de falsificar dados de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, com o objetivo de conseguir viajar ao exterior.

Na teoria, falsificar documento público é crime, seja fabricar ou simplesmente alterar os dados de um documento privado também é considerado ato ilícito, que pode ser punido com até 5 anos de prisão.

A Polícia Federal apreendeu o celular de Bolsonaro e a partir de agora a PF continuará sua investigação.

Por meio de nota, a corporação informou que também está sendo feita análise do material apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham informações sobre o caso.

“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”, destacou a PF.

“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa”, completou.

Ainda conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.

Bolsonaro tomou a vacina?

Após a operação em sua residência, Bolsonaro fez um pronunciamento e afirmou não ter tomado vacina contra a covid. "Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA. Não existe adulteração de minha parte", disse o ex-presidente.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro.

Bolsonaro justificou que não tomou a vacina após ler a bula do imunizante: "eu não tomei a vacina. Foi uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer." Ele informou ainda que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou a vacina.

No Twitter, a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro comentou a ação. "Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa que o motivo seria "falsificação de cartão de vacina" do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada."

Anny Malagolini

Jornalista imersa nas redes sociais. Atualmente, coordena equipes de notícias e desenvolve estratégias de otimização.

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