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Ibovespa recua em dia de depoimento de Pazuello e ata do Fed

Fala do ex-ministro da Saúde era a mais esperada pela CPI da covid, que busca informações sobre a má gestão do governo no controle da pandemia

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Depois de um dia de noticiário fraco, ontem, o Ibovespa abre nesta quarta-feira, 19, com o mercado praticamente dominado pelo desenrolar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Depois de ouvir nomes importantes do governo, a comissão agora colhe depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o mais aguardado. O depoimento do ex-ministro pode levar volatilidade ao mercado, a depender do que senadores conseguirem extrair de informações ao longo do dia.

A operação Akuanduba, da Polícia Federal, nesta manhã, que investiga a exportação ilegal de madeira, e que afastou dez servidores federais, deve acrescentar instabilidade ao mercado.  Na mira estão o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Eduardo Bim, um dos servidores afastados. Na primeira hora do dia foram cumpridos mandados de busca em endereços ligados a Salles, no Distrito Federal e no Pará.

Quem pode salvar o dia do Ibovespa é a Medida Provisória (MP) de privatização da Eletrobras, que deve ser votada nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, após a entrega do relatório, ontem.  A votação seria um avanço na área política após idas e vindas em torno dos termos da desestatização e abre espaço para a reforma administrativa. No pregão de segunda-feira, a proximidade de um desfecho para a privatização levou as ações da estatal a subirem perto de 3%.

Às 10h10 (horário de Brasília) o Ibovespa recuava 0,91%, aos 121.859 pontos.

Ibovespa hoje, 19 de maio de 2021

No cenário externo o foco está quase inteiramente na divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) . A expectativa é em torno do que decidirá o Fed após o índice de inflação nos Estados Unidos vir acima do esperado. Analistas do mercado local avaliam que dificilmente o Fed mudará seu entendimento sobre a inflação, para quem é momentânea e não oferece perigo, e no rastro desse entendimento sua decisão de manter os juros inalterados e próximos a zero até 2023. Qualquer movimento em sentido contrário, entendem analistas, soaria como um alerta ao mercado.

O receio com a inflação no Reino Unido também preocupa.  Dados do Escritório para Estatísticas Nacionais indicam que preços ao consumidor, que mede a inflação, subiram 1,5% em abril, após alta de 0,7% em março. Apesar de já ter vacinado mais da metade da população, o Reino Unido ainda convive com o temor de uma nova onda de contaminação, principalmente com a variante indiana.

Última modificação em 26/07/2022 06:24

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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