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Austrália entra em recessão: país tem queda recorde do PIB após quase 30 anos

A Austrália entra em recessão pela primeira vez em quase 30 anos e registra queda recorde do PIB em 7%.

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Austrália entra em recessão pela primeira vez em quase 30 anos. O país se junta a países como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha no registro de dois trimestres consecutivos de declínio após a pandemia do coronavírus ter desestabilizado as economias mundiais.

De acordo com os números oficiais, o produto interno bruto (PIB) encolheu 7% no segundo trimestre. Além disso, o país também sofreu uma queda de 0,3% nos primeiros três meses do ano.

Quando o "país de sorte" entrou em recessão pela última vez foi em 1991.

Ao contrário da maioria dos países desenvolvidos, a Austrália escapou de uma desaceleração durante a crise financeira global de 2008. Mas, não conseguiu escapar da devastação da pandemia do covid-19.

 

Imagem: reprodução / markus spiske

Austrália entra recessão após coronavírus

A Austrália entra em recessão e registra a maior queda no segundo trimestre desde o início dos registros em 1959. Em contrapartida, estima-se que essa queda só tenha sido superada por uma contração de 9,5% em 1930 durante a Grande Depressão.

De acordo com tesoureiro da Austrália, Josh Frydenberg, "Esta crise é como nenhuma outra. As contas nacionais de hoje confirmam o impacto devastador da covid-19 na economia australiana. Nosso recorde de 28 anos consecutivos de crescimento econômico agora chegou ao fim oficialmente”.

O primeiro-ministro Scott Morrison disse ao parlamento: "Este é um dia devastador para a Austrália".

 

Economia abalada

A Austrália enfrenta mais tensões no trimestre atual com o bloqueio em Victoria, seu maior estado em população, e o fechamento das fronteiras internacionais.

O país viu mais de um milhão de pessoas perderem seus empregos desde março, com setores inteiros da economia fechados.

O governo injetou  300 bilhões de dólares australianos de estímulo com o banco central cortando as taxas para uma baixa recorde de 0,25% em março. Contudo, os últimos números podem aumentar a pressão para novas ações.

Última modificação em 29/07/2022 08:30

Daiane Jardim

Redatora, professora e escritora.

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Tags: covid-19