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ONU pede "estado de emergência climática" a todos os países

A declaração foi feita no último sábado (12) na abertura da cúpula que pretende relançar esforços para combater o aquecimento global, cinco anos após o acordo de Paris.

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ONU pede "estado de emergência climática", cinco anos após o acordo de Paris.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, fez um apelo ao mundo para “declarar estado de emergência climática”.

A declaração foi feita no último sábado (12) na abertura da cúpula que pretende relançar esforços para combater o aquecimento global, cinco anos após o acordo de Paris.

“Convido hoje os líderes mundiais a declarar um estado de emergência" disse o Guterres. Cinco anos atrás a comunidade internacional comprometeu-se a conter o aquecimento “significativamente” abaixo de + 2 ° C.  E, se possível, + 1,5 ° C, em comparação com a era pré-industrial.

Mas os compromissos de redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) assumidos pelos países "não foram suficientes" e "não foram respeitados", disse Guterres. Bem como acrescentou que é necessário "reduzir as emissões globais em 45% até 2030 em relação aos níveis de 2010" .

 

Imagem: reprodução / pixabay

ONU pede "estado de emergência climática"

O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou que seu país reduzirá sua intensidade de carbono em 65% até 2030 em relação aos níveis de 2005. Atualmente, a China é considerado um dos países mais poluentes do mundo.

Contudo, o presidente comprometeu-se com a redução das taxas de emissões de carbono. Bem como acrescentou que a energia renovável será responsável por 25% do consumo de energia primária da China até 2030.

Além disso, a capacidade das usinas eólica e solar chegará a 1.200 gigawatts até o final da década, afirmou.

 

Promessas da comunidade internacional

Antes da cúpula, vários estados anunciaram planos ambiciosos para reduzir suas emissões de GEE. Na sexta-feira, os 27 países da União Europeia (UE) concordaram em reduzir suas emissões em "pelo menos 55%" até 2030 em relação aos níveis de 1990, contra -40% anteriormente, a fim de alcançar neutralidade de carbono em 2050.

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, prometeu que os EUA alcançarão sua meta de atingir a neutralidade de carbono até 2050.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou que o Reino Unido parará “o mais rápido possível” de apoiar financeiramente projetos de combustíveis fósseis no exterior.  Bem como se comprometeu a reduzir as emissões carbono em pelo menos 68% até 2030.

Última modificação em 28/07/2022 10:53

Daiane Jardim

Redatora, professora e escritora.

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