Imposto de renda

Arrecadação bate recorde em março com R$ 137,9 bilhões

Crescimento foi de 18,49% sobre fevereiro, puxado pela arrecadação dos impostos de importação e tributos sobre empresas

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O governo federal arrecadou R$ 137,9 bilhões com impostos, contribuições e demais receitas no mês de março, um crescimento de 18,49% em relação a março de 2020, informou, nesta terça-feira, 20, a Secretaria da Receita Federal. O resultado é recorde para um mês de março. No primeiro trimestre de 2021, a arrecadação soma R$ 445,900 milhões, aumento de 5,64% também sobre 2020, nos três primeiros meses do ano.

Segundo a Receita, o bom resultado do mês de março se deve especialmente ao recolhimento extraordinário de R$ 4 bilhões  referentes ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). No primeiro trimestre do ano, igualmente com resultado recorde para um trimestre, esses dois recolhimentos somaram R$ 10,5 bilhões.

As exportações pesaram positivamente no resultado de março. O Imposto sobre a Importação e o IPI Vinculado somaram, juntos, R$ 9,099 milhões, crescimento de 50,92% em relação a março de 2020. Segundo a Receita, houve alta de 15,61% na taxa média do câmbio, crescimento de 24,72% na alíquota média do imposto de importação e alta de 36,37% na alíquota média do IPI-Vinculado.

No primeiro trimestre de 2021, o Imposto sobre a Importação e o IPI Vinculado, somados, arrecadaram R$ 23,75
milhões, crescimento real de 37,25% sobre igual período de 2020. O resultado, diz a Receita, veio da alta 22,79% na taxa média de câmbio, da elevação de 9,05% na alíquota média efetiva do imposto de importação e da alta de 21,51% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

Ministro Paulo Guedes comemora resultado

Após a divulgação dos números, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que eles mostram que "o Brasil foi derrubado pela pandemia, mas se levantou" . Guedes ressaltou os bom resultado afirmando que ele é a prova de que a atividade econômica está se recuperando, embora admita os efeitos da pandemia sobre a recuperação econômica do país ainda em 2021.

Guedes voltou a afirmar que a retomada da economia em velocidade maior vai depender da vacinação em massa contra a Covid-19. O ministro disse acreditar que o país entrará no segundo semestre em um ritmo de crescimento mais forte na medida em que o ritmo da imunização for ampliado.

Última modificação em 26/07/2022 13:00

Roseli Lopes

Jornalista com foco em Economia, com passagens pelo jornal O Estado de S. Paulo, Agência Estado, Diário do Comércio e Thomson Financial

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