Em Santa Catarina, duas iniciativas recém-lançadas pretendem unir startups dos setores da construção civil e imobiliário com empresas já consolidadas.
Em Santa Catarina, duas iniciativas recém-lançadas pretendem unir startups dos setores da construção civil e imobiliário com empresas já consolidadas. O intuito da Vertical Construtech e da Construtech Ventures é promover inovação, realizar um intercâmbio de experiências entre empreendedores e investir em novas ideias para solucionar demandas. A Vertical Construtech é uma vertical de negócios voltados para o setor da construção civil criada pela Associação Catarinense de Tecnologia (Acate).
A reunião de lançamento da vertical ocorreu no dia 1 de fevereiro, quando foram apresentadas as demandas que estão motivando o investimento em tecnologias para o setor. Já a Construtech Ventures foi criada pela companhia catarinense de TI Softplan. A iniciativa atua como venture capital (fundo de investimento de risco) e venture builder (criador de inovações) de empresas que estejam desenvolvendo soluções para a cadeia produtiva da construção civil e para o mercado imobiliário.
Por meio da união de startups com empresas consolidadas, não somente na área de insumos da construção civil, mas também de qualquer outra que tenha interesse de mercado, a vertical irá agir com o objetivo de criar inovação, aumentar os resultados e gerar mais negócios. Segundo o vice-presidente de mercado da Acate, Silvio Kotujansky, a criação destas verticais de negócios pode acelerar o crescimento do estado. São variedades de empresas que se ajudam muito. "Com isso, conseguimos organizar toda uma cadeia produtiva e atender às grandes demandas", diz Kotujansky.
Pelo Construtech Ventures, empreendedores do setor da construção e imobiliário com alto potencial de crescimento recebem suporte para a criação de startups partindo do zero. De acordo com as necessidades da empresa, esse suporte pode envolver investimento, apoio da força de vendas, conhecimento de negócio e até mesmo infraestrutura. A iniciativa surgiu com o desafio de inovar um dos âmbitos empresariais mais carentes do mundo em tecnologia: o da Construção Civil. "Com a Construtech Ventures, pretendemos propor mais inovação para a indústria de materiais, obras e até o setor imobiliário", comenta o diretor executivo do Construtech Ventures, Bruno Loreto. A iniciativa já tem seis startups no portfólio e pretende expandir esse número para 20 até 2020.
As empresas que compõem a carteira até agora são: ZeroDistrato, Vendo Meu Terreno, Urbank, Cote Aqui, Bider e Build In. A ZeroDistrato é um exemplo de empresa desenvolvida pela Softplan em parceria com a Alphaville Urbanismo. A startup usa inteligência artificial para conseguir prever risco de cancelamento de contratos em incorporadoras. "Foi lançado um programa de inovação aberta para Alphaville e a Softplan foi selecionada para desenvolver um projeto. Assim surgiu a Zero Distrato", explica Loreto. Segundo a assessoria da Softplan, o fundo total de investimentos para este ano é de R$ 9,8 milhões em venture builder (inovações para grandes empresas) e de R$ 9,5 milhões em startups. A meta deste ano é investir em nove empresas em estágio inicial com faturamento mensal mínimo de R$ 50 mil e em três que já estejam processo de escalação. O fundo abrange não somente investimentos em Construtechs, mas também em Proptechs, que envolve empreendimentos voltados para o mercado imobiliário, construção civil, cidades inteligentes e finanças. Qualquer empresa pode apresentar o plano de negócios desde que seja viável e esteja voltado para as áreas mencionadas anteriormente.
Última modificação em 02/03/2023 17:26
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