Raposa é apenas segundo clube dos considerados "grandes" a descer para segunda divisão, e não subir no ano seguinte à Série A.
O Cruzeiro perdeu para o Juventude neste sábado (16), por 1 a 0, e faltando três rodadas para o término da Série B, a raposa matematicamente não tem mais chances de subir à primeira divisão. Em 14º, com 44 pontos, os mineiros ainda precisam se preocupar para não entrarem na zona do rebaixamento. Atualmente, o time de Felipão está a cinco pontos do Vitória, o 17º colocado.
Sem chances de subir de divisão, o Cruzeiro é apenas o segundo clube dentre os considerados "grandes", a cair para a Série B e não subir no ano seguinte. O primeiro a realizar o então feito foi o Fluminense, em 1998. Na ocasião, o Tricolor Carioca fez campanha desastrosa e caiu para a Série C. No entanto, embora tenha disputado a terceira divisão em 99, no ano seguinte com a organização da Copa João Havelange, o Flu voltou à Série A, em 2001.
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Em 14ª, com 44 pontos, o Cruzeiro faz uma campanha mediana no Campeonato Brasileiro da Série B. Com 13 vitórias, 11 empates e 11 derrotas, o time mineiro começou a competição já em desvantagem. Isso porque devido a uma dívida de quase R$ 5 milhões com o Al Wahda, pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016, a Fifa puniu o clube com a perda de seis pontos.
Logo depois, outra punição, mas desta vez pelo não pagamento do atacante Willian, em 2014. Desta vez, o clube ficou impedido de registrar novos jogadores, e atletas como os meias Giovanni e Matheus Índio e o atacante Ângulo apenas treinaram por um período.
No entanto, as punições não pararam por ai. Um mês depois, a Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) puniu a Raposa pelo não repasse ao PSTC-PR, de uma parte do valor da venda do zagueiro Bruno Viana, ao Olympiakos, em 2016. Com isso, o clube ficou novamente impedido de contratar.
Ao longo de toda a Série B, o Cruzeiro teve três treinadores no comando técnico. Ederson Moreira iniciou a competição, mas ficou apenas por oito rodadas. Em sua trajetória, o treinador conseguiu uma arrancada de três vitórias consecutivas, no entanto deixou o clube no Z-4, e saiu com 45,83% de aproveitamento.
Logo depois a Raposa anunciou Ney Franco para comandar a equipe. O técnico permaneceu por somente sete confrontos, e caiu com 33,3%. Então, Felipão assumiu o time mineiro, mas com contrato longo - até o fim de 2022 - multa alta e unilateral (R$ 10 milhões) e com o objetivo de escapar do rebaixamento. Até o momento, o treinador vai conseguindo sua missão, mas a Série C ainda assombra o Cruzeiro. De acordo com estatística da UFMG, o clube tem 0.056% de chances de ser rebaixado.
Faltando três rodadas para a acabar a competição, a Raposa retorna a campo nesta quarta-feira (20), contra o Operário, na Arena Independência. Na sequência, o Cruzeiro finaliza sua participação na Série B, contra o Náutico, em casa, e o Paraná, no Estádio Durival Brito.
Última modificação em 27/07/2022 16:14
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