Finanças

Especialista dá dicas para investidores de primeira viagem

Teste para medir o quanto de estresse o investidor suporta é o primeiro passo para entrar no mercado financeiro

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Quem quer ser bem-sucedido no mercado de investimentos, principalmente os estreantes, precisa seguir algumas regras para chegar ao objetivo que deseja, que é uma rentabilidade atraente.

Para isso, o especialista em investimentos e coordenador do curso de pós-graduação em Mercado de Capitais da Fecap, Marcelo Cambria, reuniu algumas dicas importantes para auxiliar e potencializar as melhores escolhas na hora de aplicar o dinheiro no mercado.

O primeiro passo, orienta, é fazer o teste suitability, que vai avaliar o  perfil de risco do interessado. O investidor que abre uma conta em corretora pode submeter-se a um teste de identificação de tolerância ao risco. A regulação exige que as corretoras façam a Análise de Perfil dos Investidores (API) e ofereçam apenas produtos financeiros adequados às características do investidor.

O teste evita que o investidor escolha aplicações que não são compatíveis com seu perfil. A identificação do perfil de risco, explica o especialista, é importante para que investidor não aplique em um produto que não seja adequado a seu interesse ou à sua característica.

Outro cuidado, antes de investir, é considerar a disponibilidade de caixa/renda que se consegue poupar e o prazo que o investidor pode esperar para que o investimento mature e passe a dar bom retorno.

Investimento com baixo risco deve ser porta de entrada

Os investimentos mais indicados para quem prioriza o baixo risco, de acordo com Cambria, são os de curto prazo em geral vinculados à taxa DI (uma taxa que acompanha de perto a taxa básica de juros, a Selic). Um tipo de aplicação com rentabilidade baixa, mas também com pouca volatilidade ou oscilação.

Uma diversificação de investimentos, incluindo um pouco de renda variável, é uma receita que pode ser testada pelos investidores com perfil de risco médio, de acordo com o especialista. A carteira desses investidores pode ter renda fixa e um pouco de ações, além de fundos imobiliários. Outro produto compatível ao investidor com esse perfil, indica o especialista, são os fundos multimercado.

Os investidores com perfil agressivo têm um grau de tolerância bom para a renda variável, que pode compor a maior parte de sua carteira de investimentos, incluindo até produtos derivativos, seja para proteção (hedge), seja até mesmo para especulação. São produtos que apresentam grau de risco e volatilidade relevantes, mas com potencial de retorno elevado no longo prazo.

A diversificação de investimentos é outra estratégia importante, segundo o especialista, porque, enquanto um ou outro investimento estiver em baixa, outros poderão proporcionar lucros. A diversificação proporciona, destaca Cambria, uma redução de risco importante para a carteira e cria o efeito de compensação entre os investimentos.

Última modificação em 26/07/2022 08:40

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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