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Ibovespa fecha em alta de 1,17% com bons resultados de Petrobras e varejistas

Com cenário externo morno índice encontrou respaldo nas empresas para acelerar e fechar no azul

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Depois de uma manhã indefinida do pregão, o Ibovespa fecha a segunda-feira, 24, em alta. Puxando a bolsa para cima está o bom desempenho da Petrobras que, com a alta do petróleo, chega a registrar ganhos de 1,7%. Varejistas como Magazine Luiza e Via também contribuem com alta de até 8% no pregão.

Destaque ainda no setor corporativo, chamando a atenção para o anúncio da compra de 24,23% da BRF pela Marfrig, que surpreendeu o mercado. A empresa justificou a aquisição afirmando que o momento é de “diversificar os investimentos”. Em nota, as empresas confirmaram a transação, em um negócio de 196,68 milhões de papéis, comprados via opções e leilões.

O Ibovespa só não teve uma alta mais sólida por causa do desempenho ruim da Vale. A empresa foi prejudicada ao longo do dia pela nova baixa no preço do minério de ferro, com o contrato futuro na Bolsa de Dalian, da China, em variação negativa de mais de 5%. O movimento de queda se intensifica desde a última semana.

O Ibovespa encerrou o pregão com valorização de 1,17%, aos 124.031 pontos e volume financeiro negociado de R$ 28,745 bilhões. O real terminou o  dia valorizado, com o dólar fechando em queda de 0,53%, cotado a R$ 5,324 para compra e a R$ 5,325 para venda.

Indicadores do Brasil

No cenário doméstico está o relatório Focus da semana que revisa para cima o desempenho da economia brasileira. A revisão positiva é a quinta consecutiva feita pelo boletim, divulgado semanalmente pelo Banco Central.

Desta vez, as estimativas para o crescimento da economia brasileira em 2021 subiram de 3,45% para 3,52%. Para efeito de comparação, em 19 de abril, a previsão era de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,04% para o período. Mas, para 2022, as expectativas caíram dos 2,38% esperados na semana passada para 2,3% agora.

As projeções para a inflação brasileira em 2021 também subiram, de 5,15% para 5,24%. Em 5 de abril, antes da primeira elevação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa era de alta de 4,81% da inflação em 2021. Enquanto isso, para 2022, é esperada alta de 3,67% do IPCA, acima dos 3,64% da semana anterior.

A taxa básica de juros continua com a expectativa de um aumento da taxa Selic de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho, para 4,25% ao ano. Para o fim de 2021 e 2022 foram mantidas em 5,50% e 6,50%, respectivamente. Por fim, o dólar se manteve em R$ 5,30 para 2021 e para 2022.

Já no período da tarde, foi divulgada a balança comercial brasileira semanal. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a balança registrou superávit comercial de US$ 2,379 bilhões na terceira semana de maio. Já o valor com exportações foi de US$ 6,391 bilhões e importações de US$ 4,012 bilhões.

Em maio, a balança comercial acumula superávit em US$ 6,972 bilhões, com exportações em US$ 19,578 bilhões e importações de US$ 12,605 bilhões. No ano, o saldo comercial é superavitário em US$ 25,211 bilhões. Por fim, as exportações registraram aumento de 49% em maio e as importações, enquanto isso, de 57,3% no mesmo período.

Ibovespa hoje, 24 de maio de 2021

No exterior, noticiário morno. Investidores americanos continuam a discutir a questão da inflação na economia dos Estados Unidos. Mas, mesmo com essa preocupação, as bolsas também terminaram em alta. Nasdaq subiu 1,41%, dow Jones, 054% e S&P 500, 1,01%.  Na Ásia, as bolsas encerraram em sua maioria com ganhos, enquanto o Euro Stoxx 50, da Zona do Euro, subiu 0,90%.

Última modificação em 25/07/2022 14:54

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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