Mudança que permite ao governo manter gastos com emendas sem incorrer em crime de responsabilidade será avaliada pelo presidente
Em uma semana decisiva para o Orçamento 2021, o Ibovespa abriu entre perdas e ganhos nesta terça-feira, 20. Em pauta, a aprovação na véspera, de Câmara e Senado, do texto que tira programas emergenciais da meta fiscal e que autoriza bloqueio de R$ 9 bilhões em gastos não obrigatórios. Assim, compensa despesas obrigatórias subestimadas no texto original.
Com isso, programas como o BEm e Pronampe, além de ações contra o coronavírus, não são contabilizados na meta fiscal. O governo consegue manter alguns gastos sem incorrer no crime de responsabilidade fiscal. É uma proposta, aliás, discutida desde a semana passada, com preocupações por parte do ministro da economia, Paulo Guedes.
Agora, mais uma vez, o texto segue para veto ou sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem até quinta-feira, 22, para definir um rumo para o Orçamento de 2021.
Além disso, continua impactando nas decisões dos investidores a CPI da Covid. O senador Otto Alencar (PSD-BA) convocou para o próximo dia 27, terça-feira, a primeira sessão da comissão. Os 11 membros titulares deverão eleger o presidente e o vice-presidente do colegiado. De acordo com informações de bastidores, Omar Aziz (PSD-AM) deve ficar com a presidência, e a vice-presidência, com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Com isso no horizonte, o Ibovespa registra leve alta de 0,26%, a 121.247 pontos, às 10h11 (horário de Brasília). Na outra ponta, o dólar tem queda de 0,24% a R$ 5,536.
Além do cenário doméstico, pressiona o Ibovespa o desempenho fraco de bolsas estrangeiras. Os índices futuros americanos e as bolsas europeias têm quedas nesta terça. Na véspera, investidores reagiram ao mau desempenho de ações do setor de tecnologia nos EUA e, agora, aguardam a divulgação de mais resultados de grandes companhias.
Já na Ásia, os índices fecharam com variações. Esse movimento acontece após a China anunciar que vai manter a taxa de juros referencial com vencimento em um ano inalterada, em 3,85%. A taxa de juros com vencimento em cinco anos ficou em 4,65%.
Última modificação em 26/07/2022 13:02
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