Investimentos

Day-trade: como reduzir os riscos na compra e venda de ações no mesmo dia

Comprar e vender ações em menos de 24 horas exige do investidor conhecimento e sangue-frio

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A operação day-trade, compra e venda de papeis no mesmo dia na Bolsa, tem sido usada por investidores como uma forma de ganhar dinheiro rápido, nestes tempos de crise e de falta de uma tendência mais clara do mercado de ações. É uma operação de  risco,  que exige conhecimento, sangue-frio e boa dose de coragem, porque pode render lucros ou gerar perdas em curto espaço de tempo.

O especialista em investimentos Marcelo Cambria, também coordenador de pós-graduação da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), explica que day-trade é a compra ou a venda de ações no mesmo dia ou no mesmo pregão. Um investidor, por exemplo, compra ações por R$ 10 no início do dia e vende as mesmas ações por R$ 10,50 , caso tenham se valorizado, no fim do dia. A diferença, de R$ 0,50, é o lucro.

Pode ocorrer também o contrário. O investidor vende a ação por R$ 10, no início do dia, e recompra por R$ 9,50 no fim do pregão, embolsando a diferença de R$ 0,50 como lucro.

Os preços das ações, porém, nem sempre seguem o rumo esperado ou imaginado e a operação pode redundar em prejuízo. O especialista afirma que a maioria das pessoas que se arriscam com o day-trade tem perdas.

“As pessoas não dedicam a quantidade de estudo suficiente para conseguir êxito nas operações”, pontua Cambria. “O sucesso nessa prática é função de educação, informação, troca de experiências e muita dedicação em se manter frequentemente atualizado e com conhecimento de técnicas de investimento para curtíssimo prazo.”

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Cuidado com golpes no day-trade

O especialista diz que é importante também não cair em golpes e dá algumas dicas. “Desconfie de quem diz que pode ajudar você a ter ganhos de 1%, 2%, 3% diariamente.” Ele alerta que não é possível prometer ganhos dessa magnitude e tampouco prometer ganhos em renda variável. “Se for seguir alguém, que seja um profissional com experiência comprovada, que aponte não só a parte boa e os ganhos, mas também as situações desfavoráveis e as perdas.”  Cambria diz ser muito importante diminuir os riscos e investir em cursos profissionalizantes.

“O número de acertos cresce com conhecimento e formação, o que inclui cursos de especialização”, reforça o especialista. “É possível gerar renda extra e viver de rendimentos, considerando um período de tempo mais longo, com paciência, especialmente se a pessoa já tiver uma trajetória como investidor.”

Última modificação em 25/07/2022 13:26

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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