Investimentos

No ranking das aplicações, bolsa lidera com o melhor retorno em maio

Índice Bovespa fechou o mês com ganho de 6,16%, enquanto moeda americana perdeu 3,81%

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A Bolsa de Valores de São Paulo liderou o ranking das aplicações financeiras no mês de maio na lista dos investimentos mais rentáveis. Com valorização de 6,16%, a B3 registrou ainda a maior valorização mensal desde a de 9,3% de dezembro de 2020. A alta acumulada no ano, porém, está em 6,05%, ligeiramente abaixo da do mês.

Na lanterninha ficou o dólar, que apresentou uma desvalorização de 3,81%. Apesar de novo resultado negativo no mês, a moeda americana registra valorização residual de 0,70% no ano.

Fatores que influenciaram o ranking das aplicações

Para especialistas, maio terminou de forma mais positiva do que as expectativas iniciais sugeriam para o mês. Ariane Benedito, economista da CM Capital, diz que uma combinação de fatores beneficiou o mercado financeiro, como a alta dos preços da commodities no exterior, bons dados nos balanços corporativos do trimestre e expectativa de um cenário mais favorável à retomada de atividade com o avanço de vacinação.

De fato, um sentimento de otimismo em relação à retomada de atividade animou os investidores que vinham preocupados com os efeitos na economia da segunda onda da pandemia do coronavírus. A perspectiva de melhora econômica beneficiou as ações de empresas do setor de varejo, sobretudo das companhias que investiram nas vendas por internet.

A valorização dos preços das commodities, principalmente de minério de ferro e aço, no mercado internacional, puxada especialmente pela forte demanda da China, favoreceu as companhias exportadoras, como a Vale, que têm forte participação na composição do Ibovespa.

Os balanços corporativos do primeiro trimestre com bons resultados também aumentaram a confiança dos investidores na perspectiva de recuperação gradual da atividade e a aposta na bolsa de valores.

O cenário de maior otimismo com a economia e menos preocupação com o rumo das contas públicas, após a aprovação do Orçamento, deprimiu o dólar, que amargou o segundo mês de queda consecutiva e ficou em último lugar no ranking das aplicações.

Confira o balanço de maio

Veja quanto renderam as aplicações em maio, de acordo com os cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo.

Aplicação                                  Rendimento (%)

1º) Bovespa                                                                              6,16

2º) IGP-M                                                                                  4,10

3º) Ouro                                                                                     3,44

4º) Títulos IPCA                                                                     0,82/0,92*

5º) IPCA                                                                                      0,71**

6º) Fundos DI                                                                           0,25/0,35***

7º) Fundos de renda fixa                                                    0,24/0.34***

8º) CDB                                                                                        0,22/0,32***

9º) Caderneta                                                                           0,16

10º) Euro                                                                                   - 2,18

11º) Dólar                                                                                 - 3,81

12º) Bitcoin                                                                            - 35,21****

Obs.:  * indicativo

           ** estimativa

          *** média

       ****cotação coinmarketcap

Última modificação em 25/07/2022 13:08

Regina Pitoscia

Foi colaboradora das revistas Exame, Cláudia e Nova. Formada em jornalismo pela Escola de Comunicação e Artes da USP, cursou Extensão Universitária em Economia na Fundação Getúlio Vargas (FGV) São Paulo e na Faculdade de Economia e Administração da USP, Extensão Universitária em Mercado de Capitais e Finanças Pessoais no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), e Máster em Varejo pela FIA-USP. Recebeu Prêmio Esso de Jornalismo/Economia, de 1989, com reportagem “Seu Fundo de Garantia pelo Ralo”. Atuou como editora dos Cadernos de Finanças Pessoais: “Seu Dinheiro” no Jornal da Tarde, “Suas Contas” e “Fundos & Cia” no Estadão.

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