Candidatos à Prefeitura de SP propões soluções para aprimorar o SUS. (Foto: Gustavo Basso/NurPhoto via Getty Images)
Eleições 2020 - A saúde é um dos principais temas discutidos durante as campanhas eleitorais. Com um grande desafio nas mãos, os candidatos à Prefeitura de São Paulo precisam elaborar propostas claras e objetivas para solucionar as falhas do sistema de saúde e otimizá-lo.
De acordo com a última pesquisa do Datafolha, Bruno Covas, atual prefeito de São Paulo, lidera com 23% das intenções de votos, seguido por Celso Russomanno (20%), Guilherme Boulos (14%), Márcio França (10%) e Arthur do Val Mamãe Falei (4%).
Saúde: propostas dos candidatos a prefeito de SP nas eleições 2020
Para que o eleitor vote consciente, o Jornal DCI trouxe algumas das propostas dos candidatos sobre a área da saúde. A escolha foi aleatória e os candidatos organizados em ordem alfabética.
Todas as propostas foram retiradas dos planos de governo dos candidatos, devidamente protocolados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e acessível ao público.
Andrea Matarazzo (PSD)
Ampliar a disponibilidade dos serviços das UBS, Amas e Hospitais em todos os turnos e final de semana;
Implementar o programa AMA Sorriso – pronto-socorro odontológico gerido por Organização Social, funcionando 24h como pronto-socorro, com convênios e consultórios locais para o seguimento do tratamento. A Prefeitura realiza os procedimentos no pronto-socorro e o tratamento é seguido pelo conveniado;
Estabelecer a gestão efetiva dos medicamentos desde o estoque, logística e entrega, para evitar desperdícios; Objetivando o “Fortalecimento da Saúde Mental”, facilitar o acesso à saúde mental de qualidade nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) com modernização e implementação da telemedicina;
Estabelecer um programa regionalizado de tratamento de usuários de drogas com atenção também às “cracolândias” existentes na cidade como um todo.
Aumentar o número de assistentes sociais da família e médicos especializados em "Medicina da Família" e da Comunidade que conseguem fazer um trabalho eficiente de promoção de saúde e prevenção de doenças;
Foco em UBS estratégicas com atendimento local e regionalizado em conjunto com equipes de saúde e agentes comunitários para prevenção e otimização do atendimento;
Buscar alternativas para otimizar e modernizar a marcação e confirmação prévia de consultas, evitando as enormes e desgastantes filas, além de desenvolver a integração das informações de cada paciente no sistema de saúde de forma à atender prontamente o paciente com o seu histórico médico atualizado;
Desenvolver parcerias com laboratórios privados para dar acesso a toda população a exames de qualidade, complementando a estrutura pública com PPP;
Consolidar a expansão da rede de saúde pública municipal, mantendo a ampliação da oferta de vagas, leitos e equipamentos, de maneira vigilante em relação aos riscos resultantes do novo coronavírus, com especial atenção ao pronto cuidado e à prevenção de doenças;
Hospitais entregues durante a pandemia serão voltados a necessidades específicas da cidade: o da Santa Dulce dos Pobres será exclusivo para moradores de rua, e o Guarapiranga para quem precisa de cuidados prolongados;
Em parceria com o BID, o Programa Avança Saúde vai investir R$ 800 milhões em 150 equipamentos de saúde até 2025, incluindo mais seis novas UPAs;
Ampliar o acesso por meio da telemedicina, inclusive a serviços de saúde mental: 60 mil profissionais serão treinados para atender a população a distância.
Avançar no fortalecimento dos programas de atenção em saúde dirigidos aos grupos populacionais prioritários e de alto risco, como crianças, mulheres, gestantes, idosos e dependentes químicos;
Modernizar a gestão da Saúde com foco na melhoria dos sistemas de planejamento, de execução, de avaliação, de melhoria contínua e de comunicação, informatizar o fluxo de informações com foco na melhoria do desempenho assistencial e criar um núcleo de inteligência em saúde para o apoio à tomada de decisões estratégicas, táticas e operacionais;
Tecnologia e gestão da informação usada em função de benefício do cidadão, com a implantação do teleatendimento em saúde, para consultas médicas à distância, bem como atendimentos de fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional etc;
Projeto “O médico é meu”, o cidadão precisa de uma referência em seu atendimento de saúde, organizando e referenciando os serviços necessários.
Contratação emergencial e abertura de concurso para médicos especialistas e de família;
Intensificar os atendimentos não presenciais por Centrais de Teleatendimento, com identificação de caso, orientações emergenciais e assistência remota para garantir consultas virtuais ou domiciliares;
Caso a taxa de ocupação de leitos volte a subir, instituir a fila única do SUS para administração das vagas de UTI, unindo redes pública e privada da cidade;
Com a criação da vacina, implementar programa de vacinação gerido pelo município, dando prioridade aos cidadãos que se enquadram nos grupos de risco, trabalhadores de serviços essenciais e população de baixa renda.
Ampliar a Atenção Básica no acesso a UBS, equipes de saúde da família e seus núcleos de apoio, modalidades específicas como consultórios de rua, unidades itinerantes e acesso à saúde em áreas de ocupação;
Estabelecer metas de redução do tempo de espera para consulta médica especializada, procedimento de maior complexidade e internação eletiva, exame diagnóstico e cirurgias em geral, com divulgação ampla e revisão semestral, reduzindo em uma primeira fase à metade o tempo de espera atual;
Implementar modelo de cuidado centrado nas mulheres, atendendo suas necessidades e demandas, com base nos direitos sexuais e reprodutivos, garantindo: oferta de métodos contraceptivos; criação de núcleos de enfrentamento à violência nos equipamentos de saúde; ampliação e funcionamento dos serviços de aborto legal; manutenção e ampliação de leitos nas maternidades; entre outros.
Reconhecer o direito à saúde bucal, ampliando programas de atenção e respectivo orçamento, de forma a implementar equipes de saúde bucal nas Unidades Básicas de Saúde e equipes de Estratégia de Saúde da Família.
Ampliar e solucionar os problemas encontrados com as OS na gestão de unidades e equipamentos de saúde na cidade, alguns descontinuados em função de impedimentos legais encontrados;
Aprofundar e ampliar convênios e parcerias com as entidades federais do SUS para aprimorar os serviços prestados à população;
Fazer com que a cidade de São Paulo se torne um dos mais reconhecidos centros médicos do mundo, seja difundido e ajude a melhorar a qualidade e abrangência do atendimento médico municipal;
Fazer do teleatendimento o mais poderoso instrumento de aperfeiçoamento da qualidade do atendimento médico municipal.
Implantação do PASP - Plano de Atendimento à Saúde do Paulistano, um novo modelo de gestão nos prontos-socorros e hospitais da municipalidade. O plano cadastrará todo morador da capital que quiser participar do plano de saúde da rede municipal, bastante para isso realizar todos os exames médicos necessários;
Introduzir a telemedicina na saúde do paulistano facilitando consultas e internamentos hospitalares;
Cada bairro deverá possuir pelo menos uma unidade básica de saúde para atender com mais eficácia a população próxima à residência;
Motomédicos, contratados para agilizar o atendimento, em caso de emergência, na residência de todo paulistano. E, motoremédios, o PASP entregará remédios de emergência em casa, utilizando entregadores com motocicletas que percorrerão toda a capital.
Especial Tratamento a Saúde Mental: fortalecer os serviços de Saúde Mental tanto devido à pandemia como ao grande aumento da incidência desse grave problema que aflige a população;
Recuperação e Finalização de Hospitais e outros Equipamentos Públicos: reformar todos os hospitais com necessidades estruturais, bem como concluir as obras do sistema de saúde pública que estão paradas;
Trabalhar vigorosamente para o fortalecimento da prevenção de doenças, não só em relação à pandemia, como ao das demais doenças, sempre orientados pelo conceito de promoção e manutenção da saúde, ao invés de unicamente fazer o “tratamento de doenças”;
Trabalho de sensibilização e educação para a saúde da comunidade, estabelecendo parcerias com as Secretarias de Educação e Assistência Social, Centros Comunitários, Igrejas, etc.
São Paulo rumo aos 100% de cobertura da Estratégia Saúde da Família: toda(o) paulistana(o) vai ter um(a) médico(a) de família. O atendimento será multidisciplinar e com médico(a) generalista (ou especialista em saúde da família), enfermeiro(a) generalista (ou especialista em saúde da família), auxiliar ou técnico(a) de enfermagem e agentes comunitários de saúde;
Melhorar a estrutura das Unidades Básicas de Saúde (UBS);
Usar a tecnologia da telemedicina;
Ambulatórios Médicos de Especialidades (AME) mais efetivos. Se o atendimento primário é eficiente, a Estratégia Saúde da Família vai conseguir lidar com 80% dos casos de doença dos paulistanos.
Criação de uma Fundação Municipal para gestão de serviços do SUS e a realização de concursos públicos para a recomposição dos quadros de profissionais da área da saúde, visando a retomada progressiva da operação do sistema pela administração;
Fortalecimento das unidades básicas para que tenham capacidade de solucionar os problemas da população;
Contratação de novas equipes de Saúde da Família para alcançar 80% de cobertura de APS: 10% ao ano com prioridade para áreas mais vulneráveis;
Ampliação do horário de funcionamento das unidades básicas de saúde até às 22hs.
A Prefeitura, em conjunto com parceiros privados, organizações sociais e instituições de pesquisa, investirá na medicina digital;
Garantir saneamento básico para toda a população de São Paulo, promovendo campanhas de vacinação, educacionais, de hábitos de higiene, de segurança e educação alimentar e de estilos de vida mais saudáveis;
Investimento em exames preventivos, no atendimento pré-natal e em políticas para prevenir a gravidez precoce, vacinação para HPV na população fértil, rastreamento de câncer de mama e do colo de útero. Promovendo atendimento especializado para vítimas de violência doméstica, conjuntamente com acompanhamento psicológico e políticas públicas de conscientização;
Implementar prontuário único para que os resultados dos exames sejam encaminhados diretamente ao paciente e ao médico, sem necessidade de deslocamentos.
