Microsoft paga US$ 19,7 bi por empresa de inteligência artificial

Decisão da empresa em colocar um ponto final no Explorer veio após consumidores reduzirem uso do navegador. Imagem: Reprodução / Pixabay

A Microsoft confirmou, nesta segunda-feira, 12, estar finalizando o processo de compra da Nuance Communications, empresa focada em inteligência artificial. Segundo a criadora do Windows, o negócio está na casa dos US$ 19,7 bilhões, aproximadamente R$ 11 bilhões, na cotação de hoje, devendo ser finalizado ainda nesta semana.

O objetivo da Microsoft com a aquisição é reforçar seu pacote de apps corporativos com a tecnologia avançada de fala da Nuance. Também visa fortalecer a presença no mercado de cuidados com a saúde pessoal. Atualmente, a Cortana é a assistente pessoal inteligente da empresa e está alguns passos atrás de suas concorrentes Siri, Alexa e Google Assistant.

A aquisição confirmada hoje será a segunda maior feita pela Microsoft. Fica atrás apenas da compra do LinkedIn, em 2016, por US$ 26,2 bilhões. No negócio atual, o preço de oferta da Microsoft, de US$ 56 (R$ 315, na cotação de hoje) por ação, tem um prêmio de 22,86% em relação ao último fechamento da Nuance na bolsa de valores americana, de US$ 45,58 (R$ 257).

Vale lembrar que, recentemente, a Microsoft anunciou a compra do Discord, plataforma de conversa para gamers. Com isso, há um indicativo de que a empresa está em busca de novos mercados para explorar.

Além da Microsoft

Fundada em 1992, a Nuance é considerada uma das principais empresas de inteligência artificial dos Estados Unidos. Hoje, suas principais contribuições para esse mercado pertencem ao desenvolvimento de sistemas de reconhecimento de voz. O Dragon, produto mais conhecido da marca, por exemplo, transcreve falas e se adapta à voz do usuário.

A Nuance é dona do Dragon Medical One, plataforma voltada à saúde que foi programada para identificar termos médicos. De acordo com a Microsoft, os produtos dedicados à medicina da Nuance são utilizados por mais de 55% dos médicos e em 77% dos hospitais dos Estados Unidos, informou a companhia em nota.