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YouTube lança Shorts, ferramenta para rivalizar com o TikTok

Usuários poderão filmar, editar e compartilhar seus conteúdos diretamente pela plataforma de vídeos, sem intermediários

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A guerra no mercado de vídeo online continua. O YouTube anunciou, na quinta-feira, 18, uma nova ferramenta para competir com o TikTok. Chamada de Shorts, a novidade permite que usuários filmem, editem e compartilhem vídeos de até 15 segundos diretamente no aplicativo do YouTube, sem intermediários para preparar esse conteúdo.

É uma configuração extremamente similar ao que pode ser feito no TikTok. O aplicativo chinês, conhecido por seus vídeos com dancinhas, animais fofos e com até 1 minuto de duração, ganhou espaço nos últimos anos principalmente entre os jovens e já conta com 690 milhões de usuários ativos mensais de acordo com pesquisa do Business of Apps. 

Além da forma de produzir o conteúdo, o Shorts é parecido também na sua navegação. Assim como no TikTok, o feed da ferramenta será infinito, com vídeos que se repetem sem fim, podendo passar para o próximo rolando a tela para cima. Nas publicações, criadores de conteúdo podem inserir hashtags, enquanto usuários podem curtir, comentar e compartilhar.

como funiona o YouTube shorts?

O grande diferencial do Shorts em comparação ao TikTok está na integração com o YouTube. Na hora de produzir um vídeo, usuários podem importar áudios diretamente de um vídeo na plataforma, facilitando, assim, as chamadas “correntes”. Além disso, o Shorts também terá uma biblioteca com sons e músicas para ajudar na hora da edição.

Visual do youtube shorts, nova ferramenta da plataforma (crédito: divulgação/youtube)

“É importante construirmos um ecossistema conectado ao YouTube, onde você pode ir e encontrar as fontes, ou mesmo iniciar a criação conectada ao YouTube Music”, disse Todd Sherman, líder de produto da Shorts do YouTube, ao site de notícias Business Insider. De acordo com ele, já no lançamento, a biblioteca terá músicas de mais de 250 gravadoras.

Por enquanto, a nova ferramenta está restrita aos mercados dos Estados Unidos e sa Índia. No entanto, a plataforma de vídeos deve em breve ficar disponível para usuários globais.

Ameaça do TikTok

Esta não é a primeira movimentação de uma grande empresa americana para tentar reverter o avanço do TikTok. Mark Zuckerberg, recentemente, começou a apostar ainda mais no Reels — ferramenta integrada ao Instagram que também permite a criação de vídeos curtos, muito editados e animados. Ganhou, inclusive, uma aba própria na rede.

É um movimento parecido com o que Zuckerberg fez com o Snapchat. Em 2016, quando a rede social de vídeos instantâneos estava em alta, o executivo do Facebook fez uma proposta de compra. Após ter tido a proposta rejeitada, começou a desenvolver funcionalidades similares ao Snapchat no Instagram (os Stories), no Facebook e até mesmo no WhatsApp.

Última modificação em 27/07/2022 07:14

Matheus Mans

Jornalista especializado em cultura, tecnologia e inovação com passagens por Estadão, Yahoo! Finanças e UOL.

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