Este é o maior índice para um mês de julho desde 2016
Puxada pela gasolina e pela conta de luz, a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,36% em julho de 2020. Este é o maior índice para um mês de julho desde 2016 (0,52%). Com informações da Agência Brasil.
Com o resultado, o IPCA acumula taxas de inflação de 0,46% no ano e de 2,31% em 12 meses, de acordo com dados divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram alta em julho. O maior impacto (0,15 ponto percentual) veio dos Transportes (0,78%). Em seguida, veio o grupo Habitação (0,80%), que acelerou em relação ao resultado de junho (0,04%). Já a maior variação positiva veio dos Artigos de residência (0,90%), com impacto de 0,03. O grupo Alimentação e bebidas, por sua vez, ficou próximo da estabilidade, com alta de 0,01%
O maior impacto vem dos Transportes, que tiveram alta de 0,78% e contribuiu com 0,15 ponto percentual para o IPCA. A gasolina foi o item que colaborou com o maior impacto individual (0,16 p.p.) na inflação do mês passado, com alta de 3,42%. O óleo diesel (4,21%), o etanol (0,72%) e o gás veicular (0,56%) também subiram, levando o grupo dos combustíveis a um resultado de 3,12%.
O grupo Habitação teve alta de 0,8% nos preços e contribuiu com 0,13 p.p para o índice. Nele, a segunda maior contribuição individual para o IPCA do mês (0,11 p.p.) foi o item energia elétrica, que subiu 2,59%. Das 16 regiões pesquisadas, 13 apresentaram aumento, reflexo de reajustes tarifários em várias capitais.
Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação.
O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC.
O propósito de ambos é o mesmo: medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro.
Assim, a cesta é definida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, do IBGE, que, entre outras questões, verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em cada produto: arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar, médico, cinema, entre outros.
Os índices, portanto, levam em conta não apenas a variação de preço de cada item, mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias.
Sua cesta de compras, ou seja, os produtos e serviços que você consome regularmente, pode ser bem diferente da cesta média da população brasileira. Com isso, o seu índice pessoal de inflação pode ser maior ou menor do que o IPCA.
Por exemplo, uma família que não consome carne vermelha e não tem filhos em idade escolar terá, com certeza, um índice de inflação pessoal diferente do oficial, cujo cálculo coloca peso considerável na variação do preço da carne e da mensalidade escolar.
Se a variação do seu salário, de um ano para o outro, for menor do que o IPCA, você perde seu poder de compra, pois os preços sobem mais do que a sua renda. Se a inflação e o seu salário têm a mesma variação, seu poder de compra se mantém. Então, receber um aumento acima do IPCA, seu poder de compra aumentará.
Última modificação em 29/07/2022 11:06
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