Economia

Inflação pelo IGP-M sobe 1,51% em abril

Índice usado no reajuste dos contratos de aluguel passou a acumular agora alta de 9,89% no ano de 32,02%, em 12 meses

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A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 1,51% no mês de abril, informou, nesta quinta-feira, 29, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado leva o indicador a um alta acumulada em 2021 de 9,89%  O avanço foi maior em 12 meses, com alta acumulada agora em 32,02%, praticamente duas vezes maior do que a verificada no acumulado de abril de 2020, com 0,80% à época.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)  avançou 1,84% em abril, bem abaixo dos 3,56% registrados em março. Os combustíveis foram o principal item que contribuiu para o recuo: de uma alta de 18,64% em março, teve queda de 1,06% em abril. Também recuou a inflação do grupo Bens Finais, que subiu 1,11% em abril ante alta de 2,50% em março.

Os Bens Intermediários apresentaram forte desaceleração em abril. Subiram 3,16% em abril, diante de alta de 6,33% em março. Novamente os combustíveis e lubrificantes responderam pelo maior peso na desaceleração da taxa, com alta de 5,08% em abril, ante 18,33%, no mês passado. Matérias-Primas variou 1,28% em abril, após subir 2,11% em março, recuo que teve a ajuda do preço do minério de ferro, que saiu de uma alta de 2,68% em março para uma queda de 1,23%, em abril; do café em grão, alta de 9,07% em março para um recuo de 0,50% em abril; e o preço dos suínos, que saíram de uma alta de 4,94% em março para uma queda de 10,48% em abril.

Inflação do Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou a alta em abril, passando de 0,98% de em março para 0,44% neste mês. O resultado veio da queda na taxa especialmente dos item Transportes (3,97% para 1,03%), puxada pelo preço da gasolina, cuja taxa passou de 11,33% em março para 3,03% em abril.

Os grupos Educação, Leitura e Recreação, com alta de 0,02% em março passando para uma queda de 0,76%, em abril,  Habitação (0,53% para 0,39%) e Vestuário (0,18% para -0,03%), também contribuíram para a queda do IPC.  Em sentido oposto, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,99%), Comunicação (-0,10% para 0,36%), Alimentação (0,10% para 0,19%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,37%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. O maior peso veio dos medicamentos em geral, que registraram avanço de 1,68% em abril, ante um recuo de 0,11% em março.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou também queda significativa em abril, com alta de 0,95%, ante 2,00% no mês anterior. Entre os  grupos que compõem o INCC, Materiais e Equipamentos tiveram alta de 2,17% em abril, ante 4,44%, em março; Serviços, de 0,69% em março subiu agora  0,52%; e Mão de Obra, que subira 0,28%, em março e em abril registrou avanço de 0,01%.

Última modificação em 26/07/2022 08:46

Roseli Lopes

Jornalista com foco em Economia, com passagens pelo jornal O Estado de S. Paulo, Agência Estado, Diário do Comércio e Thomson Financial

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