Produção industrial recua 1,3% em abril, terceira queda seguida

Alimentos foram o segundo peso negativo no resultado de abril ao registrarem recuo de 3,4%, anulando o ganho de 3,3% do primeiro trimestre. Foto: Artem Beliaikin/Pexels

A produção industrial brasileira encolheu 1,3% em abril na comparação com o mês de março, na série com ajuste sazonal, informou, nesta quarta-feira, 2, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a terceira queda seguida, levando a atividade industrial a um perda acumulada de 4,4% no período. Comparado a abril de 2020, houve crescimento de 34,7%, maior taxa da série histórica do IBGE e também a oitava alta seguida na comparação interanual. em 2021, a indústria acumula crescimento de 10,5% e nos últimos 12 meses voltou a apresentar alta em abril, de 1,1%.

Dos 26 ramos industriais pesquisados pelo IBGE, 18 apresentaram queda em abril. Depois de terem interrompido, em março, cinco quedas seguidas com uma alta de 1,1% naquele mês, os produtos derivados de petróleo e biocombustíveis recuaram 9,5% em abril, puxando a queda da indústria no mês. Se somaram a eles os alimentos, que registraram um resultado negativo de 3,4% em abril, anulando com isso o ganho de 3,3% conseguido no primeiro trimestre de 2021.

Em sentido oposto, registraram crescimento a indústria extrativa, fechando abril em alta de 1,6%, a segunda seguida e acumulando expansão de 7,4% no ano; o segmento de máquinas e equipamentos, que após recuar 0,8% em março encerrou abril com ganho de 2,6%; e veículos automotores, reboques e carrocerias, com produção 1,4% maior em abril, interrompendo três meses seguidos de queda e acumulando alta de 16,5% em 2021.

Avanço da produção industrial sobre 2020

Os 34,7% de avanço da indústria em abril de 2021 em relação a igual mês de 2020 foi beneficiado principalmente pelo segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, que subiram 996,5%. Também pesaram positivamente o crescimento de 94,3% na produção de máquinas e equipamentos, no setor de metalurgia, com avanço de 54,5%, de produtos de minerais não-metálicos, alta de 81,3%, bebidas, cuja produção avançou 88,2% e dos produtos de borracha e de material plástico, com produção 64% maior em relação a abril de 2020.