Plano PGBL permite dedução de até 12% da renda bruta no IR e pode ser opção para quem faz declaração completa
Está na hora de começar a se organizar para a declaração de Imposto de Renda (IR). Se o simples fato de saber disso já te causa frio na barriga, vale se planejar melhor para o próximo ano. Por exemplo, se você faz a declaração completa, uma opção para passar a pagar menos IR é investir em um plano de previdência privada do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre). Você sabe como funciona? Vamos explicar.
Um plano de previdência PGBL tem como diferencial a possibilidade de dedução de até 12% da renda bruta para a base de cálculo do IR. Isso significa que se você ganhar R$ 36 mil por ano, por exemplo, pode deduzir até 12% deste valor investindo em um plano. Mas atenção: não significa que este imposto não terá que ser pago, mas que você pode adiar o pagamento para o futuro, quando começar a receber. E o imposto, vale dizer, vai recair sobre o total acumulado, não apenas sobre o rendimento.
Você pode estar se perguntando quais as vantagens de se investir em um PGBL se você terá que pagar o imposto do mesmo jeito. Neste caso, o adiamento permite que você reaplique no próprio plano os valores a mais da restituição ou do pagamento a menos de IR. Ou seja, em vez de pagar imposto para o governo, você pode aproveitar e usar o valor economizado agora para investir e ampliar o valor.
Deste modo, é preciso entender o funcionamento do plano, estabelecer o valor a ser aplicado considerando a dedução no imposto no ano; e construir disciplina para não gastar simplesmente o dinheiro, mas fazê-lo crescer. Além disso, como um plano de previdência, entenda que a vantagem também está na ausência do “come-cotas”, uma antecipação obrigatória que incide sobre os investimentos em fundos.
Pois bem, agora que você entende como funciona um tipo de plano PGBL, é preciso saber que existem dois regimes diferentes de tributação. Um deles é o regressivo e outro é o progressivo.
No primeiro, as alíquotas de IR começam em 35% e caem ao longo do tempo, chegando a menor alíquota de 10% a partir de 10 anos de aplicação. A recomendação é escolhê-lo se a intenção é não mexer no dinheiro tão cedo. No segundo, as alíquotas aumentam de acordo com o valor resgatado, podendo chegar ao limite de 27,5%, seguindo as mesmas regras da tabela geral do IR.
Também é importante estar atento ao indexador do plano PGBL, que pode ser um índice como o CDI, IPCA, Selic ou Ibovespa. Você encontra o indexador no regulamento e na cláusula de atualização monetária do plano.
Última modificação em 27/07/2022 10:40
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