Título de capitalização: veja como funciona e se vale a pena investir

O título de capitalização se trata de uma forma de aplicação em regida pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). É comumente oferecida por bancos, sendo baseada em sorteios de prêmios.

Os títulos de capitalização são conhecidos pela realização de sorteios, mas podem apresentar baixas rentabilidades, bem como pouca liquidez. Entenda a seguir as principais características desse tipo de aplicação.

O que é um título de capitalização?

O título de capitalização se trata de uma forma de aplicação regida pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). É comumente oferecida por bancos, sendo baseada em sorteios de prêmios.

Como funciona?

Desse modo, nos títulos de capitalização o cliente aceita que o banco retire mensalmente ou durante um período programado uma quantia de sua conta bancária. Em contrapartida, o titular participa de sorteios, que oferecem por exemplo prêmios em dinheiro. No vencimento do título, a pessoa pode resgatar seu dinheiro com as correções.

Sua segurança está relacionada ao banco em que se fez o investimento. Ele não é garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) como acontece com outros tipos de aplicações. Na prática, caso a instituição bancária tenha algum problema, o investidor corre o risco de perder o dinheiro aplicado.

Qual o rendimento?

O rendimento desse tipo de aplicação costuma ser baixo, e em alguns casos não há rendimento algum. Ou seja, é possível que o investidor retire a mesma quantidade que aplicou, o que pode significar perda de recursos ao avaliar a variação da inflação no período.

De maneira geral, esses títulos são atrelados à Taxa Referencial (TR) que normalmente está próxima de zero. Aliás, atualmente a TR está em 0%.

Além disso, apenas uma parte do valor pago é investido pelo banco, o que se dá o nome de “cota de capitalização”. Ao passo que o restante do dinheiro é separado entre cotas administrativas e de sorteio, que faz o pagamento dos prêmios dos sorteios.

Sendo assim, a conclusão é que os títulos de capitalização rendem pouco. E podem deixar o investidor no prejuízo, a medida que ele faz o resgate e perde o poder de compra de acordo com a taxa da inflação.

Quais os tipos?

Há quatro principais tipos de título de capitalização: tradicional, popular, compra programada e incentivo. Saiba as características de cada um deles.

  • Tradicional: nesse tipo, ao final do prazo de contrato recebe o total que de pagamentos realizados. Caso faça o resgate antes, pode arcar com multas.
  • Popular: nesse tipo o foco maior é em sorteios, que ocorrem ao menos uma vez a cada seis meses.
  • Compra programada: nesse título o investidor escolhe de que forma receberá o valor pago na aplicação, seja em dinheiro, produtos ou serviços. Também ocorrem sorteios regularmente. Ao passo que, quem for sorteado, recebe o prêmio mais o valor pago.
  • Incentivo: por fim, nesse tipo ocorrem sorteios e promoções de agências bancárias e instituições de crédito. Só podem concorrer as pessoas que estão com os pagamentos em dia.

É bom investir em título de capitalização?

Ao observar suas características, pode-se perceber que o título de capitalização não é uma boa escolha de investimento. Ao passo que, por vezes não são considerados de fato como investimentos. Isso porque ele está baseado em sorteios, nos quais o investidor tem poucas chances de ganhar e paga por elas.

Sendo assim, essas aplicações podem parecer atrativas a primeiro momento em razão das premiações. No entanto, a pessoa pode ter rendimentos baixos caso não seja uma das sortudas a ganhar os sorteios. Como dito anteriormente, a rentabilidade desses títulos é baixa e por vezes não há rendimento nenhum.

Outro ponto a ser levado em consideração é a liquidez dessa aplicação. Em um primeiro momento, o investidor não pode retirar o dinheiro de modo algum, os recursos ficam “presos” no banco. Passado esse período de carência, há a possibilidade de cobrança de multas caso o cliente queira resgatar os valores antes do prazo final previsto em contrato.

 

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Última modificação em 28/07/2022 12:57

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