Ministro disse que cerca de 2,5 milhões pessoas podem estar recebendo o Bolsa Família de forma irregular
Marca do primeiro governo Lula (PT), o programa de transferência de renda, Bolsa Família, está na mira do novo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Isso porque, ele disse nesta quinta-feira (9) em entrevista à estatal TV Brasil, que há indícios de que 2,5 milhões estão recebendo o benefício de forma irregular.
Segundo o ministro, os cadastros do programa estão em revisão e deverão ser investigados. “Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões dos que recebem têm grandes indícios de irregularidades”, disse, durante visita a uma unidade do Cozinha Solidária, projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) desenvolvido em Sol Nascente, região de Ceilândia, no Distrito Federal.
O titular da pasta justificou que há pessoas com renda elevada, de aproximadamente nove salários mínimos, que recebem o benefício, destinado a famílias de baixa renda.
Ainda conforme o ministro, o governo federal vai revisar a lista de beneficiários do Bolsa Família para identificar possíveis fraudes no cadastro de famílias formadas por uma única pessoa, que representa quase 23% dos beneficiários têm esse perfil.
Uma auditoria do ano passado, o Tribunal de Contas da União constatou que as regras do então Auxílio Brasil, nome dado ao mesmo programa pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), geraram um incentivo a declarações falsas sobre a composição familiar, permitindo que integrantes de uma mesma família conseguissem se registrar separadamente, recebendo mais recursos públicos.
Além do pente-fino, Wellington Dias disse que planeja desenvolver programas para que as famílias consigam melhorar a renda, sem necessitar do Bolsa Família. O programa de transferência de renda atende 21, 9 milhões de famílias atualmente.
Em fevereiro, o o Bolsa Família será pago de 13 a 28 de fevereiro.
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