
Nesta segunda-feira (26), a Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza operação para tentar identificar e localizar possíveis canções inéditas do cantor Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, morto em 1996. A “Operação Será” foi autorizada na manhã desta segunda após ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Esta é a segunda fase das investigações que já tem um ano. A ação teve início após uma acusação feita por Giuliano Manfredini, filho e detentor das obras de Renato Russo, que denunciou a suspeita de ocultação de músicas inéditas compostas pelo pai. Um dos alvos é um estúdio de gravação, ao qual foi utilizado nos últimos anos de vida do cantor. O objetivo da ação é confirmar se o proprietário do local estaria escondendo obras inéditas do líder da Legião Urbana.
Filho de Renato Russo x Remanescentes da Legião Urbana
Não é de hoje que Giuliano Manfredini vem brigando pelos direitos e pelo legado do pai. Há algum tempo, o filho de Renato Russo possui um embate contra os remanescentes da Legião Urbana, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, em razão de direitos autorais e também pela divulgação da história da banda – considerada uma das mais importantes de rock nacional dos anos de 1980. A última briga aconteceu há um ano, durante o lançamento de um site oficial da banda. Contudo, Dado e Bonfá não haviam autorizado o conteúdo e não compartilharam da decisão de Manfredini, que possui os direitos das obras de Renato Russo.
“Informamos que não temos conhecimento algum sobre o conteúdo ou o que esse novo site pretende apresentar, e que também não nos foram solicitadas as eventuais autorizações para o uso da nossa imagem ou das nossas gravações originais”, disse o comunicado de Bonfá e Dado, na época. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá integraram o Legião Urbana com Renato Russo e só ficaram sabendo do site da banda por meio das divulgações públicas.