O último pagamento do benefício deve acontecer na próxima semana, encerrando os ciclos de pagamentos feitos pela Caixa Econômica Federal
Na próxima terça-feira (29), irá acontecer o último pagamento do auxílio emergencial para nascidos em dezembro, encerrando o pagamento do benefício em 2020. Entretanto, existe uma preocupação sobre a prorrogação do benefício para o próximo ano, já que a crise causada pela covid-19 tende a seguir.
Benefícios criados durante a pandemia do novo coronavírus não são permanentes. A regra que financia o auxílio emergencial trata de um orçamento especial, e que só vale enquanto durar o estado de calamidade em 31 de dezembro. O Orçamento de guerra permite que o governo se endivide para fazer frente a despesas urgentes trazidas pela crise. Apesar de poder ter possibilidade de renovação, não encontra espaço entre as lideranças que temem que os gastos comprometam as contas públicas.
O auxílio emergencial, que já injetou R$ 293,8 bilhões na economia, e sua continuidade traria um custo extra aos cofres públicos em 2021. Assim, a alternativa encontrada pela equipe econômica está na antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS e outros benefícios. Isso, portanto, deve garantir a sustentação da retomada econômica.
Criado originalmente para durar três meses, o auxílio emergencial teve prorrogação por duas parcelas ainda no valor de R$ 600, diferente da proposta inicial de Guedes em um valor menor para R$ 200 por beneficiário. Dessa forma, a nova prorrogação garantiu parcelas de R$ 300 até dezembro. Entretanto, o plano inicial da equipe econômica previa que o fim do auxílio em dezembro teria ligação com uma ampliação do Bolsa Família, que seria rebatizado. Assim, a proposta acabou travada após vetos de Bolsonaro e divergências com o Congresso.
Em 11 de novembro o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a prorrogação seria necessária em caso de segunda onda de covid-19. Em contrapartida, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), não haverá prorrogação do benefício. Entretanto, para que o auxílio emergencial possa ser prorrogado seria necessário que o governo encontre dinheiro para bancá-lo.
Para dar assistência em 2021, outras soluções estão sendo estudadas. O que inclui a antecipação do 13º salário, novo saque emergencial do FGTS e adiantar o abono salarial. Não existe espaço para o auxílio no teto de gastos, e a única solução seria uma nova exceção para créditos extraordinários.
Apesar disso, um projeto de lei nº 5.495/20, do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Esperidião Amin (PP/SC), propõe a prorrogação do auxílio emergencial e estado de calamidade pública até 31 de março de 2021.
“O fato é que, por conta da inércia do governo federal, simplesmente não teremos um programa nacional de vacinação em execução antes de março. É preciso fazer essa ponte para manter o mínimo de estabilidade social até lá”, disse o senador Alessandro Vieira.
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Última modificação em 28/07/2022 09:17
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