Economia

Paulo Guedes não descarta volta do auxílio emergencial em 2021

A possibilidade é vista como uma das "últimas alternativas" ao que eles nomeiam de "amplo cardápio de medidas".

Paulo Guedes, ministro da Economia, e técnicos da pasta não descartam a volta do auxílio emergencial em 2021. Mas essa possibilidade é vista como uma das "últimas alternativas" ao que eles nomeiam de "amplo cardápio de medidas". Nesse sentido, o depósito final do auxílio foi feito em 29 de dezembro e a liberação para saques e transferências segue até 27 de janeiro deste ano.

As informações são do portal de notícias Uol. Segundo o texto, o ministério avalia que a prorrogação do auxílio emergencial pode ser incoerente, visto que ocorreu uma reabertura do comércio.

Além disso, um auxiliar de Guedes afirmou que o benefício foi criado para os trabalhadores informais "não morrerem de fome enquanto estavam em casa". Ao passo que, agora "os taxistas estão nas ruas, as cidades estão movimentadas". E acrescentou: "Tem até baile funk acontecendo. Não vamos dar dinheiro para as pessoas irem para o baile funk".

Segunda onda

A falta de discussão sobre a volta do auxílio emergencial tem também como justificativa a verificação se o aumento de casos da Covid-19 neste início de ano é em decorrência das aglomerações causadas nas festas de fim de ano. Ou ainda se realmente a situação se configura como uma segunda onda de contaminações.

Ademais, Guedes afirmou a auxiliares que se o país voltar a um patamar de 1.000 mortes diárias por um longo período, e as medidas de restrição forem aplicadas, o benefício pode ser pago novamente.

Medidas contra a crise

No chamado “cardápio de medidas”, a prioridade é por alternativas que não alterem o orçamento fiscal de 2021. Já se falou sobre a antecipação do 13º salário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), como ocorreu em 2020. Desta vez, com parcelas para os meses de fevereiro e março. As mesmas datas devem ser válidas para a antecipação do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).

Uma nova rodada de saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também é discutida. No ano passado, trabalhadores com contas com saldo puderam sacar até um salário mínimo.

Antes de se optar pela volta do auxílio emergencial, o governo pode ainda reestabelecer o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm). O qual contou com regras para redução de salário e jornadas.

Propostas para a volta do auxílio emergencial

Há vários projetos de lei do Senado e da Câmara que propõem a volta do auxílio emergencial. Seja em prorrogações até os meses de março, abril ou junho. E em parcelas de R$ 600 ou de R$ 300 do auxílio emergencial.

Nota-se que o benefício foi criado com a finalidade de amparar trabalhadores informais, autônomos e desempregados durante a pandemia da Covid-19. E também se estendeu aos inscritos no Bolsa Família.

Por fim, o tema também é abordado na campanha para presidência da Câmara. Os dois principais candidatos, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP), defendem a avaliação do assunto pelo Congresso.

Com informações de Uol. 

 

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Última modificação em 27/07/2022 15:55

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