Economia

Poupança reduz captação pela primeira vez em 2020, segundo BC

A poupança reduziu a captação líquida em novembro, a menor desde janeiro de 2020. A cardeneta de investimentos já render 2,29% em 12 meses.

A captação da poupança caiu 39% em novembro, em relação ao mesmo período de 2019. Isso representa a primeira queda na cardeneta este ano, após nove meses de melhora consecutivos. O Banco Central (BC) divulgou o Relatório da Poupança na última sexta-feira (4).

A poupança é a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros. Em novembro, os cidadãos depositaram R$ 1,48 bilhão a mais do que tinham sacado. Contudo, no mesmo mês em 2019, houve cerca de R$ 2,43 bilhões de depósitos.

Contudo, ainda com o recuo de novembro, a poupança acumula entrada líquida de R$ 145,71 bilhões de janeiro a novembro. Esse é o melhor desempenho para o período registrado pela aplicação financeira.

O interesse dos brasileiros na poupança se manteve apesar da recuperação da bolsa de valores nos últimos meses. Além disso, com a taxa Selic em 2% ao ano, menor nível da história, e o aumento da inflação decorrente do preço dos alimentos reduziram a demanda pela caderneta.

 

Rendimento da Poupança

rendimento da poupança se calcula com 70% da taxa Selic, caso esteja em 8,5% ou menos, mais a Taxa de Referência (TR). Hoje, a TR está zerada e a Selic está em 2%. Sendo assim, a poupança já rendeu 2,29% nos 12 meses até novembro, segundo o Banco Central.

Além disso, a poupança rende na data de aniversário da conta, ou seja, o rendimento acontece sempre no dia do primeiro depósito. Por exemplo, um valor foi depositado no dia 5, então todo quinto dia do mês haverá um ganho. Contudo, se você movimentar o dinheiro antes, com saques ou transferências, não terá a rentabilidade no mês.

O Boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras do Banco Central, prevê a inflação oficial de 3,54% pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com a fórmula atual da poupança, a cardeneta de investimento renderia 1,4% em 2020, mas caso a Selic de 2% ao ano estivesse em vigor desde janeiro.

Sendo assim, a taxa básica de juros tem sofrido redução nos últimos meses, o rendimento acumulado será maior, porém insuficiente para repor as perdas com a inflação.

 

*Com informações de Agência Brasil

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Última modificação em 28/07/2022 12:07

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